ECONOMIA
Empresas da PB têm 2ª maior sobrevivência
Estudo do IBGE revela que a taxa de sobrevivência das empresas paraibanas é de 77,8%, a segunda maior do Nordeste em 2009
Publicado em 15/09/2011 às 6:30
Natália Xavier
As empresas paraibanas apresentaram a segunda maior taxa de sobrevivência da região Nordeste e a sétima maior do país em 2009. Segundo o estudo de Demografia das Empresas, divulgado, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), das 46,7 mil empresas existentes naquele ano, 36,3 mil sobreviveram, ou seja, uma taxa de 77,8% continuaram ativas em 2009 em relação ao ano anterior.
O índice de sobrevivência das empresas paraibanas foi exatamente igual à média nacional (77,8%) e superou a média da região Nordeste (74,9%). em 2,9 ponto percentuais. Entre os Estados nordestinos, apenas Sergipe teve índice levemente superior que o da Paraíba (77,9%). No país, os destaques foram Santa Catarina (82,7%), Rio de Janeiro (79,5%) e São Paulo (79,1%).
Apesar do bom desempenho da Paraíba em 2009 na região, houve redução de 1,5 ponto percentual sobre a taxa verificada em 2008 (79,3%) na mesma pesquisa.
Para a analista da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Bera Wilson, esta pequena redução pode estar atrelada à crise internacional e também à variação da pesquisa. “Entre 2008 e 2009 houve a crise internacional, como muitas de nossas empresas trabalham com importação, isso pode ter tido reflexo na sobrevivência dos negócios”, comentou.
Com relação ao índice da Paraíba ter sido superior ao de outros Estados do Nordeste, a analista do Sebrae acredita que o desempenho está relacionado ao perfil da maior parte das empresas paraibanas. “Aqui na Paraíba, a maior parte das empresas são dos setores do comércio e de serviços e elas possuem maior estabilidade, pois são negócios diretamente ligados ao poder de consumo da população, que vem crescendo”, observou. O setor de comércio repondeu por 63% do total, o que representa 29,4 mil do total das empresas paraibanas.
Em 2009, mais de 10,3 mil empresas entraram no cadastro ativo do Estado, perfazendo um índice de 22,2%, sendo o segundo menor índice do Nordeste. Já com relação às empresas que foram desativadas em 2009, a taxa foi de 18,3% (8,5 mil empresas), terceira menor taxa da região.
No país, a taxa de entrada de empresas foi de 22,2%, enquanto no Nordeste, o índice chegou a 25,1%. Nas empresas desativadas, as taxas do país foi de 17,7% e do Nordeste 20,1%.
Varejo lidera abertura
O país ganhou 946,6 mil empresas em 2009, sendo que 464,5 mil estavam ligadas a alguma atividade comercial. Isso quer dizer que, de cada duas firmas abertas no país naquele ano, pelo menos uma era do setor de varejo.
O segundo segmento que mais cria empresas no país é a indústria, e em 2009, 71,9 mil novas corporações saíram do papel e começaram a operar. Na terceira posição vem alojamento e alimentação, com 71 mil novas empresas criadas naquele ano.
A pesquisa aponta ainda que quatro em dez empresas que entraram no mercado em 2007 já estavam fechadas em 2009, ano em que haviam 4,3 milhões de negócios ativos no país. O estudo do instituto, no entanto, indica um quadro mais positivo do que a primeira vista. Em números absolutos, enquanto 946,7 mil empresas foram criadas naquele ano, outras 755,2 mil fecharam.
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