ECONOMIA
Energisa quer reajuste de 27% na conta de luz
Percentual foi divulgado ontem (13) pela Aneel, que está analisando o pedido da concessionária.
Publicado em 14/08/2014 às 10:00 | Atualizado em 07/03/2024 às 13:55
A partir do dia 28 deste mês 1,2 milhão de paraibanos, usuários da Energisa Paraíba, irão pagar mais caro pelo consumo da energia elétrica e a proposta inicial de reajuste da Energisa é 27,23%. O pleito da concessionária foi divulgado ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e representa mais de quatro vezes a inflação do período (6,5%) medida pelo IPCA. A assessoria da Aneel informou que a diretoria da agência deverá se reunir para analisar e aprovar o reajuste no dia 26 deste mês, mas não significa dizer que a proposta da Energisa será acatada, portanto, o índice poderá sofrer variação.
A assessoria de imprensa da Energisa informou que o pleito deste ano foi fixado em 27,23% por causa da compra de energia produzida por termoelétricas, devido à falta de chuva. Segundo a concessionária, o preço do megawatt (MW) subiu muito nos últimos meses, o que impactou os gastos da empresa, que desde o início de 2014 teve que comprar este tipo de energia.
O aumento na conta de luz ocorre anualmente. Mas em 2013, por conta da realização da Revisão Tarifária não houve alta, mas sim redução de 3,8% no consumo de energia elétrica residencial e queda de 4,03% para alta tensão.
A assessoria da Energisa lembrou ainda que os contratos de concessão de distribuição de todas as concessionárias de energia elétrica do país preveem reajuste anual, sendo que a data definida para a Energisa Paraíba é 28 de agosto. Também conforme o contrato, as empresas devem encaminhar, antecipadamente, à Agência Reguladora (Aneel), dados que servem de base para o cálculo do índice – chamado “Pleito de Reajuste Tarifário”.
Segundo a Energisa Paraíba, o pleito entregue pela empresa à Aneel em 2014 nada mais é do que a atualização monetária dos custos, tanto não gerenciáveis (Parcela A) quanto gerenciáveis (Parcela B). O efeito médio calculado pela distribuidora, e que pode vir a ser percebido pelo consumidor, foi de 27,23%.
Segundo a Energisa, a composição deste índice foi quase que integralmente impactada pela compra, por parte da Energisa Paraíba, de energia das geradoras. No período avaliado, o preço do MWh das geradoras subiu significativamente devido à escassez de chuva. Este custo integra a Parcela A, das despesas não gerenciáveis pela empresa. A Energisa ressaltou que o pleito ainda será analisado pela Aneel, podendo sofrer variação.
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