Experiência paraibana estará na Campus Party

Começa amanhã a edição especial da Campus Party, no Centro de Convenções de Pernambuco e no Chevrolet Hall, no Recife. O evento, que vai até o dia 30 de julho, terá cerca de 250 palestrantes, responsáveis por debates, mesas, oficinas e workshops sobre o mundo da tecnologia. Games, mídias sociais, aplicativos e interatividade digital serão alguns dos eixos discutidos no evento, que contará com a participação de dois pesquisadores paraibanos.

Nesta sexta-feira (27), no Cenário Michelangelo, o coordenador de mídias digitais da Rede Paraíba de Comunicação, Ricardo Oliveira, participa da mesa “Transmídia: mídia além das mídias sociais”, às 11h15, onde serão discutidas as múltiplas plataformas que a informação midiática perpassa. “A ideia é que a mesa seja um bate-papo, mostrando as várias estratégias de marketing e comunicação que algumas empresas apresentam. Por exemplo, um novela que tem cenas e conteúdos exclusivos na internet, que se torna uma expansão daquele produto”, explicou.

O palestrante ainda ressaltou a surpresa que teve ao receber o convite para participar do evento. “Nunca fui à Campus Party, nem como participante nem palestrante. Há muito tempo quero participar, mas nunca encontrei oportunidade. A curadora do cenário me fez um convite e foi uma surpresa, fiquei muito empolgado em participar do evento como palestrante”, ressaltou Ricardo Oliveira, que além de coordenador de mídias digitais da Rede Paraíba de Comunicação, é professor em pós-graduações em Comunicação da iDEZ/Estácio, Maurício de Nassau e Fits.

Outro paraibano a participar do evento é o campinense Rodrigo Motta, coordenador e professor do curso de Jogos Digitais da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Facisa). O professor participará da mesa “Regionalismo nos games”, no Cenário Stadium, onde será debatido o regionalismo na produção dos jogos.

“A mesa vai tratar da cultura nordestina nos games, o game design e sua relação com a produção de regionalismo nos jogos.

Queremos mostrar que os jogos focados nas massas, aqueles com superproduções de ficção científica, com alienígenas, por exemplo, não são a única opção quando se trata de games. A ideia é mostrar uma outra vertente, que acredita que os jogos que usam características culturais de uma região podem ser tão interessantes quanto as superproduções”, explicou Rodrigo Motta.

Também será apresentado na mesa o projeto Play Nordeste, em desenvolvimento pelos estudantes da Facisa. O projeto consiste na produção de nove mini-games, cada qual inspirado em um Estado nordestino. “Cada jogo terá características da cultura da região como mecânica do jogo”, explicou Rodrigo Motta. Vale lembrar que o professor, em conjunto com o estúdio Kaipora Digital, já produzia um jogo seguindo o mesmo fundamento, o Xilo Game, premiado em diversos congressos e eventos de jogos eletrônicos do país. (Especial para o JP)