ECONOMIA
Falta de energia rende R$ 2,8 mi na Paraíba
Falhas no fornecimento de eletricidade são compensadas diretamente nas faturas de energia, segundo a Aneel.
Publicado em 16/03/2013 às 6:00
Os consumidores devem ficar em alerta a alguns detalhes que muitas vezes passam despercebidos na conta de energia elétrica.
Um deles é o índice de compensação por falha no serviço. Para se ter ideia, a falta de energia elétrica rendeu aos consumidores paraibanos R$ 2,847 milhões no ano passado (por falhas de fornecimento acima da média e interrupções). O valor foi compensado diretamente na conta de luz, segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A Energisa Paraíba, que atende a 216 dos 223 municípios do Estado, concentrou 96% do montante de compensações (R$ 2,739 milhões) que são compensadas com desconto na conta de luz. Já a Energisa Borborema, que atende a seis municípios, devolveu bem menos, R$ 108,322 mil.
O montante devolvido em valores de compensação caiu, no ano passado, 41,57% sobre o ano de 2011, quando foram compensados R$ 4,8 milhões na conta dos consumidores. A Energisa Paraíba devolveu R$ 2 milhões a menos no ano passado (-42,55%), enquanto a Energia Borborema teve queda de R$ 55,2 mil ou 33,4% .
A concessionária Energisa informou que a queda da compensação em 2011 tem relação com a melhoria do serviço. No ano passado, foram investidos R$ 127 milhões em obras de melhoria na rede, tanto na Energisa Paraíba, quanto na Energisa Borborema. O objetivo, segundo a concessionária, é chegar a uma compensação zero, que significa ausência de falha no fornecimento de luz.
No site da Aneel, a Energisa Paraíba aparece em quinto lugar entre as concessionárias do Nordeste em valor compensado a seus clientes. Já a Energisa Borborema surge em décimo primeiro nesta lista.
A campeã em compensações feitas ao consumidor é a concessionária Coelba, da Bahia (R$ 22,885 milhões). Em seguida vem a Celpe de Pernambuco (R$ 13,743 milhões) e a Cemar do Maranhão (R$ 10,926 milhões).
Na Paraíba são cerca de 1,3 milhão de unidades consumidoras. Desses, 1,146 milhão são residenciais.
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