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ECONOMIA

Farmácias devem elevar preços já na segunda

Atualização de preço deve atingir primeiramente os remédios incluídos no grupo 1 que possui grande quantidade de genéricos.

Publicado em 28/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 16/01/2024 às 15:07

O aumento do preço dos medicamentos, que vai até 5,68%, pode chegar ao bolso do consumidor paraibano já a partir de segunda-feira. A afirmação é do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de João Pessoa (Sindifarma-JP), Hebert Almeida. Mas o alerta do secretário executivo do Procon da Paraíba, Marcos Santos, é que o órgão vai fiscalizar o repasse do índice à população. O reajuste foi publicado ontem no Diário Oficial da União.

De acordo com o Ministério da Saúde, a partir do dia 31 de março, as indústrias farmacêuticas e distribuidoras já podem adotar os novos preços, desde que realizem a entrega do Relatório de Comercialização Obrigatório. Mas segundo Marcos Santos, a renovação do valor deve ser realizada aos poucos.

“O correto é que este aumento chegue de forma gradual às farmácias, conforme o estoque for sendo renovado, mas dificilmente os empresários cumprem isso. O Procon vai fiscalizar a forma como este aumento será repassado para que o consumidor não arque com estes custos antes da hora”, afirmou.

A atualização de preço varia segundo a categoria a que pertence cada medicamento. O maior aumento (5,68%) deve atingir os remédios incluídos no grupo 1, cuja quantidade de genéricos representam pelo menos 20% do faturamento das empresas produtoras; os medicamentos pertencentes ao grupo 2, que têm representatividade de genéricos entre 15% até menos de 20% da receita dos produtores deverão ter aumento de 3,35%. Já aqueles incluídos no grupo 3, que têm participação dos genéricos até 15%, a alta prevista é de 1,02%.

O presidente do Sindifarma-JP, Hebert Almeida, explicou que a partir do momento em que o governo federal libera o aumento, os laboratórios repassam os remédios para as distribuidoras com o novo preço, que chegam às farmácias mais caros.

“À medida que esses medicamentos com os novos preços forem adentrando as farmácias, o preço é alterado. Quanto maior a demanda do estabelecimento mais rápido ele fará novos pedidos. Então, a partir de segunda-feira um ou outro medicamento poderá estar com o preço reajustado”, contou.

Já o presidente do Sindifarma da Paraíba, Neilton Neves dos Santos, acredita que o consumidor sentirá o aumento somente em 30 dias. A má notícia é de que o reajuste deverá chegar primeiro aos medicamentos incluídos no grupo 1, ou seja, que possui grande quantidade de genéricos e que recebeu a maior alta. “Como os genéricos e similares têm maior saída, o estoque é renovado com maior frequência”, afirmou Neilton Neves.

Mensalmente, os gastos da enfermeira Edjane Dantas Martins com farmácia chegam a R$ 300. Ela afirmou que não estava sabendo do aumento e que iria antecipar as compras para evitar mais despesa.

“Acho o aumento de medicamentos abusivo e a gente que precisa não pode deixar de comprar. A chegada dos genéricos ajudou muito e sempre que posso opto por eles para reduzir os gastos. O governo poderia reduzir o valor de alguns remédios para poder aumentar outros e o prejuízo ser mínimo para o consumidor”, sugeriu.

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Jornal da Paraíba

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