Fies impulsiona graduação na Paraíba

Apesar de ser ainda um sonho para milhares de estudantes paraibanos, a realização de um curso superior muitas vezes esbarra na porta de entrada da universidade. Para fugir da concorrência das faculdades públicas, ter acesso a um curso específico e até encaixar os estudos na rotina de trabalho, muitos jovens buscam o ensino privado. Mas pagar o curso fica muito caro para uma grande parcela de alunos. Uma das melhores saídas para atingir este ideal é o empréstimo educacional por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que nos últimos 2 anos inseriu 17.066 paraibanos na graduação.

O fundo, que é um programa do governo federal, pode financiar de 50% até 100% do valor do curso superior e o aluno só quita a dívida anos depois de concluir sua formação. Após a queda da taxa de juros de 9% para apenas 3,4% ao ano em 2010, um dos menores índices nas negociações financeiras, o número de empréstimo expandiu.

“É um juro bastante atrativo e que não é visto no mercado. Para se ter ideia, o índice para o financiamento imobiliário, considerado um dos mais baratos, é de 10% ao ano”, afirmou o economista Rafael Bernardino.

Os agentes financeiros do Fies são o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal. Mas antes de tentar obter os recursos nesses bancos, o estudante deve atender alguns critérios exigidos pelo Ministério da Educação (Mec). Um deles é a renda familiar.

O Fies libera o financiamento mínimo de 50% do valor total do curso, quando as mensalidades cobradas corresponderem a uma quantia entre 20% até menos de 40% da renda bruta per capita da família. O aluno terá direito ao financiamento de 75%, quando o peso das mensalidades estiver no intervalo a partir 40% e inferior a 60% da renda bruta per capta da família. E para receber o financiamento de 100% do curso, o comprometimento por cada membro da família deve ser igual ou superior a 60%.

O estudante, inclusive menor de idade, pode solicitar o Fies para o curso de graduação particular que tenham avaliação positiva do Mec. Para quem concluiu o ensino médio a partir de 2010, é exigido ainda a realização da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Independente do agente financeiro escolhido (Caixa ou BB) podem recorrer ao Fies os estudantes matriculados em curso de licenciatura e aquele com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo e meio. Ainda é possível obter o recurso o bolsista parcial do Programa Universidade para Todos (ProUni), que opte por inscrição no Fies no mesmo curso em que é beneficiário da bolsa.

Vale lembrar que antes de solicitar o empréstimo, o estudante deve se certificar se a instituição à qual pretende ingressar aderiu ao Fies, já que esta iniciativa é voluntária. O Fundo pode bancar os custos dos cursos presenciais de graduações de instituições privadas de ensino com conceito maior ou igual a três no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e que atendam as exigências do Fies.

“Vale lembrar que o aluno que por duas vezes, consecutivas ou não, tiver aproveitamento do curso inferior a 75% perde o empréstimo. Então é importante que eles estudem porque o Fies só pode ser solicitado uma única vez”, alertou o diretor geral da Faculdade Maurício de Nassau de João Pessoa, Rogério Xavier.

O que é o Fies?

O Fies é um programa do governo federal que pode financiar de 50% até 100% do valor do curso superior;
O aluno só quita a dívida anos depois de concluir sua formação;
O juro ao ano é de apenas 3,4%;
Os agentes financeiros do Fies são o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal.
O Fies libera o financiamento mínimo de 50% do valor total do curso, quando as mensalidades cobradas corresponderem a uma quantia entre 20% até menos de 40% da renda bruta per capita da família.
O aluno terá direito ao financiamento de 75%, quando o peso das mensalidades estiver no intervalo a partir de 40% e inferior a 60% da renda bruta per capta da família.
Para receber o financiamento de 100% do curso, o comprometimento por cada membro da família deve ser igual ou superior a 60%.
Para quem concluiu o ensino médio a partir de 2010, é exigido ainda a realização da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem);
A instituição de ensino privada escolhida pelo aluno tem que ter aderido ao programa e ter recebido avaliação positiva do Mec.