ECONOMIA
Fim da redução total de IPI sobre carros pode engordar vendas
Concessionárias esperam alavancar vendas de dezembro com o fim da redução total do IPI para carros populares no próximo dia 31.
Publicado em 21/12/2012 às 6:00
O fim da desoneração total do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros populares (1.0), no próximo dia 31, poderá 'engordar' as vendas nas concessionárias neste mês de dezembro. Segundo o vice-presidente da Federação Nacional das Distribuidoras de Veículos Automotores (Fenabrave), José Carneiro, o setor espera crescer 4,5% em 2012 – no comparativo com o ano anterior – e muito deste percentual se deve ao IPI reduzido.
Nesta semana, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o pacote tributário para 2013 que prorrogará a alíquota mais baixa do tributo para automóveis, produtos da linha branca e móveis por mais seis meses, mas o 'IPI zero' tem data certa para acabar.
Segundo Mantega, a renúncia fiscal, com a desoneração do IPI dos automóveis,será de R$ 2,063 bilhões em 2013. “Com a confirmação do fim do IPI zero no último dia deste mês, acreditamos que os consumidores indecisos aproveitarão a última chance de comprar mais barato. Com isso, dezembro poderá ser um mês com um volume de vendas maior do que o esperado”, explicou José Carneiro.
O presidente da Fenabrave acredita que, economicamente, a categoria será afetada com a volta das alíquotas normais. Por outro lado, além desses últimos dias de dezembro, o consumidor terá entre três e quatro meses para comprar apenas um pouco mais caro. Isto porque a alíquota do IPI irá subir gradativamente a partir de janeiro do ano que vem e, em julho, voltará ao 'normal'.
Para carros populares (1.0), a alíquota que era de 7% e caiu para zero, em janeiro, passará para 2% e, de abril a junho, será de 3,5%. No caso dos carros com motores de 1.0 a 2.0 (flex), a alíquota normal era de 11%, mas havia sido reduzida para 5,5%. Com o incremento gradativo, passará para 7% e depois para 9% antes de retornar ao percentual original.
“Nós sabíamos que o IPI reduzido iria acabar, uma vez que trata-se de uma renúncia fiscal para o Governo, mas também para os estados e municípios. Uma vez que a medida foi tomada para impulsionar a economia e não obteve tanto êxito quanto esperado, a prorrogação com aumento gradativo é muito positiva para que o mercado se reorganize”, acrescentou Carneiro.
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