ECONOMIA
Força Sindical planeja manifestações na Copa
Principais categorias que devem entrar em greve no período são as da construção civil e das indústrias automobilística e alimentícia.
Publicado em 18/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 19/01/2024 às 15:25
A Força Sindical decidiu pela realização de greves de todas as categorias filiadas à central que tem no primeiro semestre a data base para as negociações salariais. Segundo a Força, são 759 sindicatos e 4,7 milhões de trabalhadores.
Com isso, planeja várias manifestações pelo país no dia 6 de junho, a menos de uma semana da abertura da Copa do Mundo, marcada para o dia 12.
A central espera ganhar visibilidade com o evento, diz o presidente da Força, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), o Paulinho da Força. "Ninguém está contra a Copa, mas ela ajuda em uma visibilidade, que pode ser até internacional. Estamos pensando nisso também", comenta.
A partir de 1º de maio, quando é celebrado o dia do trabalho, a cada semana uma categoria filiada à central entrará em greve.
As primeiras devem ser as dos portuários e dos sucroalcooleiros.
As principais categorias que devem entrar em greve são as da construção civil e das indústrias automobilística e alimentícia. No caso de classes consideradas essenciais, como a de aeroportuários, foi decidido que, caso uma liminar tente impedir a greve, a multa será paga e a paralisação, mantida, segundo a Força.
O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, ironiza ao falar da agilidade de juízes em proferirem liminares contra as categorias essenciais. "Gostaria que eles fossem tão rápidos assim para julgar ações trabalhistas. As atividades essenciais deveriam ser trabalhadas durante todo o ano, e não apenas quando se faz greve", diz.
A mobilização também evidencia um desgaste da central com o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho quem faz o meio de campo entre o governo e os sindicalistas.
"Ele vai nos procurar quando estivermos em greve, mas só porque ele é um grande enrolador. Está nos enrolando há três anos, e agora estamos cansados deste governo", diz Paulinho.
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