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ECONOMIA

Governo quer elevar crédito para carros

Objetivo é alavancar a concessão de crédito para dinamizar um mercado que tem encolhido nos últimos meses.

Publicado em 31/05/2014 às 7:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 16:12

Na tentativa de estimular a venda de veículos novos no país, o governo negocia com um grupo de grandes bancos de varejo e de instituições financeiras ligadas a montadoras de automóveis a estruturação de um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) no valor de R$ 5 bilhões.

O objetivo é alavancar a concessão de crédito para dinamizar um mercado que tem encolhido nos últimos meses, informa o jornal O Estado de S. Paulo em sua edição de ontem.

A costura entre governo e setor financeiro prevê, segundo apurou o jornal o Estado de S. Paulo, o uso do novo fundo na compra de parte da carteira de crédito dos bancos de montadoras pelos bancos de varejo.

Isso ajudaria a diversificar as fontes de recursos, reforçaria o capital de giro e reduziria as taxas de juros na captação do dinheiro pelos bancos de montadoras. No fim, a medida facilitaria o financiamento de veículos a juros mais baixos.

Pelo desenho preliminar, haveria a compra de 90% das cotas do novo FIDC pelos bancos de varejo. O restante ficaria com os bancos de montadoras. Isso limitaria as "perdas" dessas instituições financeiras ao teto de 10% de sua participação no fundo.

A criação do fundo ainda depende de um sinal verde do Banco Central para a liberação de parte dos depósitos compulsórios a prazo mantidos de forma obrigatória pelos bancos na conta da autoridade monetária. A medida tem implicações para a política monetária conduzida pelo BC, pois estimula a demanda agregada por meio da ampliação do crédito.

Na crise global financeira de 2008, o governo liberou uma fatia dos depósitos compulsórios para incentivar a compra das carteiras de crédito de bancos de pequeno porte por instituições com maior poder de fogo.

BAIXO RISCO

Sob a ótica do investidor, o fundo significaria diversificação de investimentos, retorno elevado e baixo risco.

O desenho desse tipo de FIDC prevê a cessão, pelos bancos, dos direitos sobre os chamados recebíveis, como contratos e financiamentos, vinculados às suas vendas para elevar a captação de dinheiro mais barato no mercado.

O FIDC em estudo teria dois tipos de cotas. A classe sênior e as chamadas cotas subordinadas, uma espécie de garantia ou "colateral" feitos, nesse caso, pelos bancos de montadoras para ter um colchão contra eventuais inadimplências.

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Jornal da Paraíba

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