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ECONOMIA

Greve da Anvisa prejudica porto

Auditores da Anvisa são responsáveis por inspeção das embarcações, sem esse procedimento os navios ficam impedidos de atracar.

Publicado em 07/08/2012 às 6:00


A greve dos auditores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que teve início no último mês, tem comprometido os serviços no Porto de Cabedelo. A informação é do presidente da Companhia Docas da Paraíba, Wilbur Holmes Jácome, que afirma que, no último final de semana, dois navios com uma carga total de 40 toneladas de cimento ficaram impedidos de atracar devido à ausência dos procedimentos de praxe realizados antes da chegada ao porto, como a análise de certificados sanitários, por exemplo.

Segundo Jácome, o atraso da chegada de navios de grande porte chega a provocar uma perda de US$ 20 mil por dia para a empresa responsável pelo navio, entre impostos, taxas de operação portuária e mão de obra não utilizada. Além dos prejuízos para as empresas, o presidente da Companhia Docas, responsável pelo Porto de Cabedelo, comenta que, com a greve, o Estado também precisa redobrar os esforços para não correr o risco de deixar de receber cargas por não conseguir liberação para os navios atracarem, o que pode causar um prejuízo de até R$ 1,5 milhão por embarcação, caso haja desistência de atracar na Paraíba por conseguir autorização com mais rapidez em um porto vizinho.

“No caso dos navios citados, as liberações foram conseguidas com a presidência da Anvisa em tempo. Eles puderam atracar, mas acabou demorando muito, o que gera uma série de perdas.

No caso do primeiro navio, por exemplo, o procedimento durou três dias, quando deveria ter sido apenas quinze minutos. Apesar da situação ter sido revertida, o risco de grandes prejuízos persiste para as próximas cargas”, ressaltou Jácome.

De acordo com o presidente, a chegada de mercadoria no porto gera empregos avulsos que só recebem quando a carga é liberada. “Durante os três dias que o primeiro navio ficou preso, tínhamos mais de cem trabalhadores esperando no cais. Uma embarcação como essa é responsável por R$ 480 mil só em mão de obra contratada em Cabedelo”, disse.

Entre os serviços exercidos exclusivamente pelos funcionários da Anvisa indispensáveis na chegada dos navios estão a checagem de documentos e a análise de certificados de vacinação dos ocupantes. Os servidores da Anvisa reivindicam reajuste salarial, equiparação dos salários com os de outros cargos públicos e a criação de uma data-base para a categoria.

Soluções
O presidente da Companhia Docas, Wilbur Holmes Jácome, garante que, mesmo com a greve, nenhuma embarcação deixou de atracar no Porto de Cabedelo até o momento. “Isso só foi possível mesmo graças ao nosso diálogo direto com a presidência da Anvisa. Ainda assim, esses atrasos implicam em perda de capital e, claro, afetam os trabalhadores da cidade que apostam nessas oportunidades de emprego”, contou.

Na última semana, a presidente Dilma Rousseff baixou um decreto que permite que o trabalho seja feito por funcionários do governo estadual. “Um Termo de Cooperação Técnica foi firmado entre o governo e Anvisa para que, enquanto durar a greve, a Agevisa assuma o papel de órgão fiscalizador das condições sanitárias das embarcações. O serviço é dever do núcleo da Anvisa na Paraíba, mas iremos trabalhar nisso durante esse tempo”, explicou o diretor geral da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevis-PB), Jailson Vilberto.

PECULIARIDADE
Uma peculiaridade deste mês é o projeto Porto Sem Papel, que prevê que a chamada “liberação de livre prática” da Anvisa seja feita automaticamente via web, implantação atrasada pela greve.

“O porto está em um bom momento, tendo registrado um incremento de 10% na produção durante o primeiro semestre e de 30% em 2011, aumento atrelado a uma redução de custos.

Por essas razões, esse tipo de movimento compromete todo um trabalho fundamental para a nossa economia”, contou Jácome. (Colaborou Maria Livia Cunha)

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Jornal da Paraíba

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