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ECONOMIA

Greve já afeta comércio e indústria

Impossibilidade de realizar operações bancárias ameaça também o pagamento de salários.

Publicado em 25/09/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:42

A greve dos bancários, iniciada na última semana, já afeta o comércio e a indústria paraibanas. A impossibilidade de realizar algumas operações nas instituições financeiras já ameaça, inclusive, o pagamento dos funcionários e pode resultar em atraso nas obras do programa Minha Casa Minha Vida.

Os financiamentos para encomendas de final de ano e de trocas de cheque a prazo por dinheiro à vista para pagamentos também estão prejudicados. Com pouco dinheiro circulando no mercado, já é perceptível a retração nas vendas do comércio. Somente em Campina Grande a estimativa é de que a queda na movimentação das lojas tenha chegado a 30%.

Segundo o Sindicato dos Bancários da Paraíba, mais de 90% das agências no Estado (124 das 135 agências de bancos públicos e privados) já aderiram ao movimento, que não tem data para acabar.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), Fábio Sinval, afirmou que todas as transações que dependem de interação com os gerentes dos bancos estão inviáveis. “Com isso, as medições do programa Minha Casa, Minha Vida não estão sendo feitas. O que pode retardar as obras do programa. Os financiamentos do setor imobiliário também estão parados e estamos sentindo que vai ter atraso no pagamento dos fornecedores, funcionários e isso pode se refletir em queda no faturamento das empresas”.

ALTA DE INADIMPLÊNCIA

O presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas da Paraíba (FCDL-PB), Artur de Melo, afirmou que a greve pode não só afetar negativamente as vendas no comércio da Paraíba, como também aumentar a inadimplência no setor.

“Os prejuízos já são visíveis, mas não podemos contabilizar. Percebemos uma nítida queda no dinheiro circulante no comércio e a inadimplência pode aumentar. Há bancos que não têm nem envelopes para se fazer depósito. As empresas não podem honrar seus compromissos com fornecedores e funcionários. A greve é um direito legítimo, agora espero que encontrem uma forma menos prejudicial para a sociedade”.

O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de João Pessoa (CDL-JP), Eronaldo Maia, denunciou que o movimento bancário não está mantendo os 30% de serviços nas agências para o público, como determina a lei de greve.

“Então há a preocupação de pagamentos dos funcionários, os empresários do setor não estão podendo pagar duplicatas. As vendas também caem no comércio porque há retração no consumo. Queria sensibilizar os bancos para abrir os 30% dos serviços ao público”, pediu Eronaldo Maia.

O presidente da Associação Comercial de Campina Grande, Álvaro Morais, explicou que o comércio campinense concentra consumidores de aproximadamente 30 cidades circunvizinhas, que passam periodicamente na 'Rainha da Borborema' para receber dinheiro ou pagar alguma conta.

“E nesses passeios, eles passam o dia em Campina Grande, aproveitam para fazer suas compras, geralmente pagas em dinheiro, e com a greve eles deixam de ir à cidade. Com isso, já percebemos uma queda de 30% nas vendas”.

O presidente da CDL de Campina Grande, Tito Motta, afirmou que a greve nos bancos é vista pelos lojistas como algo bastante preocupante, pois a partir do momento em que o consumidor deixa de ter dinheiro para gastar, ele se sente desmotivado para ir ao comércio e consequentemente a economia da cidade sofre com a retração nas vendas.

“A problemática se torna ainda maior por estarmos nos últimos dias do mês, ou seja, os salários começarão a ser pagos já na próxima semana e se a paralisação continuar, com certeza teremos prejuízos ainda maiores" , enfocou Tito Motta.

O presidente do Sindicato da Indústria de Panificação do Estado da Paraíba (Sindipan-PB), Romualdo Farias, contou que há empresário do ramo que recebe cerca de 30 cheques de fornecedores diariamente e fica inviável depositar este volume de dinheiro no caixa eletrônico.

“Como é que vai haver compensação de cheque se não podemos nem depositar? Como pessoa jurídica, os empresários não podem depositar os cerca de 30 cheques que recebem diariamente de fornecedores? Isso fica inviável. Quantos envelopes vão usar neste caso?”, questionou Romualdo Farias.

SINDICATO

O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcus Henriques, informou ontem que a categoria fez um acordo com o Ministério Público do Trabalho para garantir o pagamento da folha de trabalho das empresas que têm conta salários nos bancos.

INSS GARANTE PAGAMENTO

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou ontem, em nota, que os aposentados e pensionistas terão o pagamento do benefício garantido. Quem recebe um salário mínimo, a retirada do dinheiro referente a setembro começou ontem. Na próxima semana, serão efetuados os pagamentos para quem ganha acima desse valor.

Os beneficiários que não puderem contar com o atendimento prestado pela agência bancária em que têm conta corrente, também poderão se dirigir a outra agência, do mesmo banco, que estiver aberta. Outra possibilidade é realizar saques pelos caixas eletrônicos espalhados em locais públicos e de grande circulação, como shoppings, aeroportos, supermercados, entre outros.

A orientação do INSS é para que os aposentados e pensionistas com dificuldade de usar o terminal eletrônico sejam acompanhados por pessoas conhecidas ou parentes. Caso isso não seja possível, quaisquer pedidos de ajuda devem ser feitos somente a funcionários identificados do banco, e nunca a pessoas estranhas. Além dos terminais de autoatendimento, há estabelecimentos comerciais (supermercados, casas lotéricas e postos dos Correios) prestadores de serviços bancários, nos quais o beneficiário do INSS pode retirar seu pagamento.

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Jornal da Paraíba

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