Grupo de SP investe em nova termelétrica na Paraíba

O Grupo Bertin Energia, de São Paulo, anunciou a construção de uma nova usina termelétrica em Campina Grande. Serão R$ 170 milhões investidos na instalação da segunda unidade da empresa no Estado, com capacidade para gerar 90MW de energia. A implantação já era discutida desde o começo do ano e foi confirmada em audiência dos representantes do grupo com o governador Ricardo Coutinho, ontem, no Palácio da Redenção.

A presidência da empresa paulista informou também que já faz estudos na Paraíba para instalação de um parque eólico, com capacidade de produzir 500 MW.

O pleno funcionamento da Termelétrica Lambari, como será chamada esta nova unidade, está previsto para acontecer até o final deste ano. Durante a reunião com o governador, o presidente do Grupo Bertin, José Cândido Faustino, informou que os serviços de terraplenagem já começaram e elogiou o Estado dentro do cenário nacional de geração de energia. "A Paraíba está se consolidando como um dos Estados com melhor fonte de geração de energia, dando segurança devido à ampliação do parque industrial no Estado", comentou Faustino.

Em funcionamento há um ano e meio, a Usina Borborema gera 700 empregos diretos e uma capacidade energética de 176 MW.

Com a ampliação das operações na Paraíba, o grupo espera gerar novos 400 empregos diretos, sendo 60 postos de trabalho definitivos para engenheiros, eletricistas, técnicos e corpo administrativo. O presidente Faustino acrescenta que a expansão representa "a possibilidade de fixar os bons profissionais formados em Campina Grande no seu próprio Estado”.

A operação da Termelétrica Lambari acontecerá em modo de reserva. Ou seja, será ativada apenas em situações emergenciais, quando requisitado pelo controle de demanda de energia do país, feito pela Operadora Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Com função de reserva técnica, a primeira unidade, a Termelétrica Borborema, que funciona no distrito do Velame, ainda não precisou entrar em operação desde sua inauguração.