ECONOMIA
Grupo hoteleiro mira Nordeste
Complexo quer atrair principalmente turistas brasileiros e da região Nordeste; rede conta com hotéis no Brasil há 15 anos.
Publicado em 12/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 06/02/2024 às 12:02
Com um investimento de R$ 260 milhões, o grupo internacional Starwood Hotels & Resorts foca na Região Nordeste como destino turístico de lazer e negócios com a bandeira Sheraton Reserva do Paiva, localizado ao sul do Recife. O complexo foi inaugurado no dia 12 de junho e conta com 298 leitos, que incluem desde suítes clássicas até uma presidencial.
Para o gerente de vendas do Sheraton Reserva do Paiva, Helder Marcelino, que concedeu ontem uma entrevista coletiva em João Pessoa, o foco da rede é atrair principalmente turistas brasileiros e da região Nordeste. “No início esperamos que os clientes brasileiros que vêm a lazer representem entre 80% e 70% do total, e para negócios, cerca de 90% do total”, afirma. A Reserva do Paiva é um empreendimento fechado construído pela Odebrecht que se localiza no distrito do Paiva, em Pernambuco, a aproximadamente 30 minutos da capital.
Segundo ele, o complexo hoteleiro emprega diretamente entre 220 e 240 pessoas, e, indiretamente, de 700 a mil, distribuídos pela cadeia produtiva de fornecedores.
O Sheraton Reserva do Paiva Hotel and Convention Center tem um centro de convenções e eventos com mais de 1.500 metros quadrados com espaço para até 2.100 pessoas. O Centro de Convenções também conta com uma área adicional flexível de 1.200 metros quadrados para reuniões e exposições na área do saguão. O hotel oferece 120 vagas cobertas de estacionamento.
“Projetamos o hotel para que os eventos de negócios não entrem em conflito com a área de lazer. As duas se comunicam de forma harmoniosa”, destaca.
A expectativa até o final do ano, fase de consolidação da marca, é que o faturamento total gire em torno de R$ 2 milhões. Ele lembra que o Sheraton não foi feito para ser barato, e sim para entregar serviços de alta qualidade. “Pelo nosso posicionamento, as diárias são definidas por demanda. Em dias de muita procura, o preço sobe, com baixa procura, diminuímos para atrair mais clientes. Mas em média as diárias custam R$ 450,00. Não temos uma base de comparação, já que não há nenhum hotel internacional na região com esse padrão”, afirma.
“Não viemos para incomodar, mas sim para agregar valor ao destino turístico”, disse, durante a apresentação aos jornalistas.
O hotel conta com 298 quartos, incluindo 18 Suítes Club e uma das maiores Suítes Presidenciais da região, com 120 metros quadrados. Também estão disponíveis um spa de aproximadamente 600 metros quadrados e com uma academia com 120 metros quadrados de espaço para exercícios. O hotel oferece ainda um exclusivo Sheraton Club Lounge no último andar, vista para o mar, dois restaurantes e um Beach Club com opções de lazer que incluem uma piscina e uma espaçosa área de descanso. “Todos os espaços do hotel são abertos para não clientes”.
De acordo com o gerente de vendas, a maior parte do hotel – incluindo a área dos quartos – está concluída. “Cerca de 90% do hotel já está construído. Falta apenas um dos restaurantes, o spa e o beach club, que é uma estrutura que fica próxima à praia”, conta. Marcelino espera que, até o final do ano, a taxa de ocupação chegue a 45% dos leitos – durante a Copa do Mundo, 60% dos quartos disponíveis foram alugados.
1ª do NORDESTE
O grupo hoteleiro conta com hotéis no Brasil há 15 anos, mas Recife é a primeira cidade do Nordeste a receber a sétima unidade no país. No mundo, a rede conta com 1.400 hotéis em todos os continentes, sendo que a matriz se localiza em Nova Iorque. É nessa internacionalização que a rede aposta para vender o destino turístico do Nordeste em outros países, tanto para lazer quanto para eventos e congressos.
Entre os projetos do Sheraton está a instalação de painéis solares no teto para gerar energia renovável. “É uma das condições para a certificação internacional. Queremos praticar a sustentabilidade de forma séria”, comenta Marcelino. O prédio tem projetos para reutilização de água, coleta e reciclagem de lixo e otimização energética para criar uma “poupança” de energia – ou seja, gerar mais do que consumir.
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