Inadimplência cai pelo segundo mês consecutivo em João Pessoa

A inadimplência no mês de março em João Pessoa fechou em queda pelo segundo mês consecutivo este ano. Segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da capital paraibana foram 8.546 inclusões registradas no mês passado contra os 8.882 do mesmo período do ano anterior, que significa uma leve retração de 3,78%. A queda no consumo, a base forte de devedores herdada ao longo do ano passado e a insegurança na economia contribuíram para esta realidade.

No acumulado do primeiro trimestre em João Pessoa também teve uma pequena redução (2,05%), considerando que em 2015 foram registrados 24.231 'calotes' no comércio e este ano foram 23.734. A quantidade de pessoas que recuperaram o crédito no trimestre caiu 2,61%, sendo 13.722 registros este ano ante 14.091 do mesmo período do ano passado.

O economista Rafael Bernardino afirmou que a tendência para este ano é de um número menor de endividados no comércio. “Um universo grande de pessoas ficaram no vermelho no ano passado, restando agora tentarem regularizar a situação. O consumo também caiu no comércio porque as pessoas estão mais cautelosas, reduzindo compra no crédito e temerosas com o futuro da economia”.

Segundo Bernardino, mesmo na crise, é possível o consumidor se regularizar diante dos órgãos de proteção ao crédito. Uma das dicas é organizar o orçamento dentro da capacidade de consumo e tentar renegociar as dívidas com os credores.

“Agora essa renegociação tem que ser bem realista, dentro do que se pode cumprir. A recuperação do crédito é bom para ambas as partes”, frisou Bernardino.

EXCLUSÕES

O volume de exclusões em março também teve queda de 24,13% comparado a março do ano passado, o que mostra, porém, que não está tendo uma grande demanda de devedores em busca de recuperar o crédito na 'praça'.

Com vendas em baixa, contas atrasadas caem 19% em CG

As baixas vendas a prazo no varejo reduziram a inadimplência em 19% no mês de março em Campina Grande. Foram 1.273 consumidores este ano, contra 1.569 no mesmo mês do ano passado. Os dados são da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL-CG). Segundo o presidente da entidade, Artur Almeida, a queda é preocupante. “Esta baixa está relacionada com a retração na economia, pois houve recuo nas compras a longo prazo”. Com o aumento do desemprego há possibilidade, segundo ele, de elevação do endividamento. “A economia precisa ser reaquecida por ações no comércio e também na renegociação de dívidas”.

TRIMESTRE

No trimestre, Campina Grande apresentou uma retração de mais de 17,5% na lista de devedores registrando 3.268 pessoas este ano contra 3.964 citadas no ano passado. O número de exclusões teve queda de 9,25%, com 2.069 consumidores este ano e 2.280 no ano passado.