ECONOMIA
Preço da cesta básica cai 3,36% em agosto em JP, segunda maior queda entre capitais
Feijão carioquinha ficou 33,62% mais barato nos últimos 12 meses.
Publicado em 05/09/2018 às 13:25 | Atualizado em 05/09/2018 às 17:06
João Pessoa foi a segunda capital onde o preço dos alimentos essenciais que compõem a cesta básica mais caiu em agosto, com queda de 3,36%. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com a queda, a cesta básica na cidade passou a custar R$ 335,49. Em doze meses, a queda acumulada é de 4,44%, sendo que o feijão carioquinha foi o produto com preço mais reduzido no período, ficando 33,62% mais barato.
Entre julho e agosto de 2018, houve queda no valor médio de oito produtos: tomate (-17,31%), banana (-13,23%), feijão carioquinha (-6,69%), açúcar refinado (-2,26%), farinha (-1,37%), carne bovina de primeira (-1,13%), óleo de soja (-0,52%) e café em pó (-0,18%). Os produtos que apresentaram aumentos foram arroz agulhinha (5,05%), manteiga (2,51%), pão francês (0,52%) e o leite integral (0,24%).
No acumulado nos últimos 12 meses, sete produtos apresentaram queda: feijão carioquinha (-33,62%), banana (-23,01%), tomate (-16,50%), açúcar refinado (-14,96%), farinha (-7,76%), café em pó (-5,01%) e arroz agulhinha (-3,70%). Cinco produtos apresentaram alta: leite
integral (11,76%), manteiga (6,59%), pão francês (4,42%), carne bovina de primeira (2,83%) e óleo de soja (1,60%).
O trabalhador pessoense cuja remuneração equivale ao salário mínimo precisou cumprir jornada de trabalho, em agosto, de 77 horas e 22 minutos, menor do que a de julho, 80 horas e 4 minutos. Em agosto de 2017, a jornada era de 82 horas e 26 minutos. Em agosto de 2018, o custo da cesta em João Pessoa comprometeu 38,22% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários). Em julho, o percentual exigido era de 39,55% e, em agosto de 2017, de 40,73%.
Comportamento em outras capitais
A redução mais expressiva foi em Porto Alegre, com queda de 3,50%. As únicas altas ocorreram em Florianópolis (3,86%), Manaus (1,41%) e Aracaju (0,01%). A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 432,81), seguida pela de Florianópolis (R$ 431,30), Porto Alegre (R$ 419,81) e Rio de Janeiro (R$ 417,05). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 311,92) e São Luís (R$ 329,42).
No acumulado de 12 meses, os preços médios da cesta caíram em 13 cidades, com destaque para São Luís (-6,51%), Goiânia (-6,29%) e Salvador (-6,08%). Nas outras sete capitais, onde os valores médios aumentaram, os destaques foram Campo Grande (2,70%) e Cuiabá (2,57%).
Nos primeiros oito meses deste ano, seis capitais acumularam taxa negativa, com destaque para Porto Alegre (-1,62%), Salvador (-1,49%) e São Luís (-1,41%). Entre as que tiveram aumento, as principais variações foram 0,49% em Goiânia e 3,79% em Curitiba.
O Dieese calculou o salário mínimo ideal em agosto, baseado na cesta mais cara, de São Paulo. O valor mínimo mensal necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.636,04, equivalente a 3,81 vezes o salário mínimo atual, de R$ 954. Em julho, o salário deveria ter sido R$ 3.674,77, ou 3,85 vezes o piso mínimo do país.
Comentários