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ECONOMIA

João Pessoa é a 10ª melhor cidade do Brasil para investir em imóveis

Ranking coloca a capital e Campina Grande entre as 100 cidades brasileiras com maiores potenciais no mercado imobiliário. JP está na 10ª e CG na 91ª posição.

Publicado em 13/02/2015 às 11:00 | Atualizado em 22/02/2024 às 15:56

Um estudo, desenvolvido pela consultoria Prospecta Inteligência Imobiliária, colocou João Pessoa e Campina Grande entre as 100 cidades brasileiras com maiores potenciais no mercado imobiliário. A capital paraibana aparece na 10ª posição, enquanto Campina Grande ficou na 91ª posição. Entre as cidades nordestinas, João Pessoa fica em terceiro lugar, atrás apenas de Natal (RN) e Maceió (AL). A análise envolveu todas as cidades do país com menos de um milhão de habitantes, 5.553 cidades ao todo, o que equivale a 94% dos municípios brasileiros.

O estudo relaciona uma série de variáveis e resulta em um índice chamado P2i-Lead, que sinaliza o potencial imobiliário do local. De acordo com a gerente de projetos da Prospecta, Juliana Oliveira, a intenção era mostrar que existem cidades onde o mercado imobiliário ainda não está saturado. “Com o boom imobiliário a partir de 2008, os empresários focaram nos lugares onde estavam obtendo retorno mais rápido, e houve uma saturação. Queremos mostrar que tem lugares que ainda são capazes de absorver a oferta de imóveis”, disse.

João Pessoa obteve 0,701 pontos no índice P2i-Lead. O potencial para investir em imóveis de baixo, médio e alto padrão na cidade foi considerado “Ótimo” para as três classificações. Além disso, segundo o estudo, João Pessoa tem um déficit habitacional de 33,30% (percentual de residências alugadas ou cedidas), e uma quantidade média de cinco salários mínimos por pessoa.

A renda per capita elevada, assim como o alto déficit imobiliário, são características comuns entre as 100 cidades que aparecem no ranking. O nível de instrução da população, número de empresas atuantes na cidade e os movimentos migratórios são alguns outros fatores que também são levados em consideração para medir o potencial do mercado imobiliário na cidade.

Juliana Oliveira destacou que o estudo leva em conta a demanda existente por imóveis em cada cidade, mas não considera a oferta já existente. Em outras palavras, é possível que a demanda da cidade já esteja sendo suprida por uma grande quantidade de imóveis ofertados. “Nós queríamos fazer a correlação entre a oferta e a demanda, mas não conseguimos porque a oferta é muito dinâmica, muda muito rápido. Temos um carinho especial pela demanda porque a maior parte dos estudos só trata de oferta, mas não adianta ter muita oferta se o lugar não tem condições de absorver aquilo”, avaliou.

A gerente de projetos esclareceu ainda, que a empresa nunca teve a intenção de fazer um estudo conclusivo. “É um indicador.

Se o empresário se interessar por uma determinada região, ele deve fazer um estudo mais aprofundado para ver se aquela demanda ainda existe ou se já está sendo suprida”, disse.

“O P2i-Lead sinaliza que ali existe um mercado para que eu possa comercializar, mas é preciso analisar também a oferta.

Uma coisa é saber que existe demanda, e de qualidade. Depois é preciso analisar se o local já possui oferta para o tipo de produto que a empresa ou o investidor estão buscando oferecer”, diz a consultoria, que publicou estudo no portal da Revista Exame.

Campina Grande é a 6ª fora das capitais do Nordeste

Em um ranking dominado por cidades de São Paulo e do Sudeste – apenas 11 cidades da lista são do Nordeste - Campina Grande apareceu em 91ª posição. É um dos seis municípios fora das capitais do Nordeste que foram listados no ranking. Feira de Santana (BA), Olinda (PE), Parnamirim (RN), Camaçari (BA) e Paulista (PE) são as outras cidades listadas.

Campina Grande ficou com 0,493 no índice P2i-Lead. O potencial de investimento em imóveis de alto padrão foi considerado “Bom”, e “Ótimo” para imóveis de médio e baixo padrão. A cidade tem déficit habitacional de 32,73%, e média salarial de quatro salários mínimos.

Juliana Oliveira considera que o mercado imobiliário ainda não está desaquecido, apesar do momento de instabilidade econômica que o país vive. “É uma atribulação política que reflete na economia”, opinou.

Segundo ela, as pessoas de classe média e alta, que geralmente possuem mais conhecimento de economia, estão mais receosas na hora de investir dinheiro devido a instabilidade econômica que o país vive, mas essa situação não deverá durar para sempre. “Tudo na economia é muito cíclico, então deveremos sair desse processo”.
A gerente de projetos afirmou ainda, que devido à aceitação do ranking, o estudo completo deverá ser publicado com todos os 5.553 municípios.

Metodologia

Para a realização do estudo, a Prospecta desenvolveu um cálculo que leva em consideração três grupos de variáveis, com pesos diferentes no resultado final como área da cidade, densidade demográfica, Índice de Gini, empresas atuantes, nível de escolaridade, PIB, empregos formais, domicílios na condição de próprio e quitado, taxa de urbanização, renda domiciliar e o IDH-M.

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Jornal da Paraíba

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