ECONOMIA
JP tem a 3ª maior alta do país na cesta básica
Com o reajuste atual, João Pessoa está entre as três primeiras capitais com maior alta no país; aumento foi de 7,11% em fevereiro.
Publicado em 08/03/2013 às 6:00
O valor da cesta básica em João Pessoa aumentou 7,11% no mês de fevereiro, sendo a terceira maior alta entre as capitais do país.
Os reajustes mais significativos ocorreram no tomate (40,3%), na farinha (10,91%) e no feijão (5,87%). Os números foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O valor da cesta básica atualmente em João Pessoa subiu de R$ 252,13, em janeiro, para R$ 270,06, em fevereiro, uma diferença de R$ 17,93 em apenas um mês. A cesta do Dieese é calculada para o consumo de uma pessoa no período de 30 dias.
Com o reajuste atual, João Pessoa está entre as três primeiras capitais com maior alta no país. Os preços da cesta básica subiram em 15 das 18 capitais pesquisadas pelo Dieese. As maiores altas aconteceram no Recife (8,35%), Fortaleza (7,22%) e João Pessoa (7,11%).
Segundo o supervisor técnico do Dieese, Renato Silva, a mudança de João Pessoa no ranking das três cestas com maior reajuste no país, bem como a sua alteração de segunda para quarta colocação em entre as mais baratas foi impulsionada pelos itens que se configuraram como os vilões da alta: tomate, farinha e feijão.
Renato Silva atribuiu o aumento no preço destes alimentos às mudanças climáticas que ainda trazem resultados negativos à safra no país. “Alguns estados nordestinos estão apresentando alta no valor da cesta básica por causa da quebra de safra. Em João Pessoa, o tomate aumentou 79,13% nos últimos meses e a farinha de mandioca 50,11%”, frisou.
SALÁRIO NECESSÁRIO
Com base no custo apurado para a cesta de São Paulo, o Dieese estima que o valor do salário mínimo deveria ser de R$ 2.743,69 ao mês, ou seja, 4,05 vezes o mínimo de R$ 678 que entrou em vigor a partir de janeiro. Em janeiro, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.674,88, ou 3,95 vezes o piso então vigente, de R$ 622,00. Em fevereiro de 2012, o valor era ainda menor, R$ 2.323,21, o que representava 3,74 vezes o mínimo de então (R$ 622,00).
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