ECONOMIA
Juro do cheque especial alcança 256,3%
Maior taxa foi encontrada no Citibank, de 256,33% ao ano; seguida pelo Santander, de 234,64% ao ano; menor foi a do Banco do Brasil.
Publicado em 21/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 01/06/2023 às 16:36
A taxa de juros cobrada pelos bancos no cheque especial pode alcançar 256,33% ao ano, segundo levantamento da Proteste em conjunto com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre os bancos pesquisados, a taxa pode mais que dobrar.
O levantamento considera o Custo Efetivo Total (CET) das operações de crédito, o que inclui todas as taxas e encargos cobrados.
A maior taxa foi encontrada no Citibank, de 256,33% ao ano; seguida pelo Santander, de 234,64% ao ano. Já a menor taxa foi encontrada no Banco do Brasil, de 119,70% ao ano, seguida pelo Bradesco, com 199,78%.
“Caso o consumidor utilize R$ 500 do cheque especial com CET de 250%, e deixe rolar essa dívida por um ano, chegará ao final de 12 meses devendo mais de R$ 1,7 mil – valor quase três vezes maior do que o original”, revela a Proteste em nota sobre o uso do cheque.
Demanda por crédito
A demanda do consumidor por crédito cresceu 1,8% no ano passado, na comparação com os 12 meses anteriores, revela empresa de consultoria Serasa Experian.
A alta foi puxada pela população com salário de até R$ 500 mensais.
Na análise por região, Norte e Nordeste tiveram as maiores altas, com média anual de 10,2% e 8%.
A região Sul registrou acréscimo de 3,8%. Por outro lado, houve queda de 0,8% no Sudeste e de 4,4% na demanda por crédito entre os consumidores do Centro-Oeste
Nessa faixa de renda, houve acréscimo de 8,4%. Para aqueles que ganham entre R$ 500 e R$ 1 mil, o crescimento registrado foi 3,7%.
Em 2012, o indicador havia recuado 3,1% em relação ao ano anterior. Os economistas da Serasa avaliam que o resultado expressa desempenho fraco da demanda por crédito. No biênio anterior, 2010 e 2011, as altas foram “bem mais expressivas”, de 16,4% e 7,5%, respectivamente.
Inflação, endividamento, inadimplência, alta das taxas de juros, custo do crédito, além da alta do dólar, são os fatores que impediram um desempenho mais favorável, segundo a instituição.
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