ECONOMIA
Livros didáticos estão 10% mais caros em JP
Apesar do aumento de 10% dos livros didáticos e paradidáticos, gerentes de livrarias estão otimistas e esperam mais vendas.
Publicado em 04/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 22/05/2023 às 12:41
Os livros didáticos, itens que mais pesam na lista de material escolar, estão mais caro 10% em algumas livrarias de João Pessoa. Este ano, o calendário de retorno às aulas foi antecipado alguns dias por causa da Copa do Mundo e a procura por produtos como bolsas, cadernos e lápis começaram em dezembro, intensificando-se nos primeiros dias úteis do ano. A estimativa dos lojistas é que as vendas em 2014 cresçam entre 10% e 15%, comparado a 2013.
A comerciante Edite Ferreira estava em uma das livrarias da capital paraibana na tarde de ontem pesquisando preço, e adiantando a compra de alguns itens da lista de material da neta, de três anos de idade.
“Livro é um dos produtos mais caros da lista de material escolar. Mesmo nesta idade, onde ela não usa muitos livros, eles já pesam no orçamento. Lá em casa estou ajudando a mãe dela com estas compras e acredito que a lista completa deverá chegar a R$ 600”, revelou a comerciante.
Além do aumento verificado no preço do material didático e paradidático, alguns alunos ainda ajudam a incrementar o gasto dos pais optando por objetos que custam mais porque estão na moda.
“Minha neta só tem três anos e quer apenas os cadernos da Marie”, confessou dona Edite. Ela contou que, como as aulas vão começar uma semana mais cedo, estava pesquisando e aproveitando também para comprar alguns objetos.
A profissional autônoma Karla Cibele também estava na capital paraibana procurando alguns objetos escolares. Este ano os três filhos, com idade entre dois e 10 anos, vão estudar. “O gasto maior é com os livros. Somente um chega a custar mais de R$ 200”, constatou Karla.
O gerente da Livraria Legal, Bruno Limeira, afirmou que aumentou o número de atendente de caixa em 50% neste período para dar vazão à demanda, que chegou um pouco mais cedo às lojas.
“Desde dezembro o pessoal começou a chegar, mas de forma tímida, esperava até mais clientes do que o registrado. Mas nos primeiros dias úteis deste mês a procura aumentou e está em um ritmo bom. Acreditamos em um aumento de 10% nas vendas em relação a 2013”.
Bruno Limeira afirmou que percebeu alta de 5% no preço de itens que têm como matéria-prima papel, a exemplo de livro e cadernos. Já nos objetos importados, como mochilas e bolsas, o acréscimo oscilou entre 8% e 10% em relação a 2013. A alta foi repassada para o consumidor, que pode pagar com desconto na loja, caso use cartão de crédito para o vencimento, débito ou pague em dinheiro.
O gerente da loja Atacadão dos Presentes, José Nunes da Silva, disse que logo após o Natal preparou o estabelecimento com material escolar. A data, segundo ele, é o melhor período para o incremento da receita do estabelecimento. “Para nós é a melhor época do ano em vendas. Uns dos itens de maior saída até agora é o kit mochila, mais lancheira e porta-lápis que custa R$ 69,90. Esperamos um aumento de 10% nas vendas, em comparação a 2012”, declarou.
A gerente da Livraria Arco Íris, Gislara Fragoso, está otimista em relação à procura este ano e projeta um acréscimo nas vendas entre 10% e 15% sobre o ano passado. “O movimento está bom, mas muita gente sempre deixa para a última hora. Este ano, percebemos um aumento no preço do livro de 10%. Já a alta nas vendas deve variar entre 10% e 15%”.
PARAIBANOS GASTAM R$ 166,6 MI NO SETOR
Os paraibanos gastaram mais de R$ 166,619 milhões em livros e material escolar em 2013, segundo dados do estudo do IPC Maps. O consumo cresceu 18,5% sobre 2012, cujos gastos no Estado chegaram a R$ 140,586 milhões. A tendência de alta acima de dois dígitos com as despesas do livros das famílias permaneçam em 2014.
A cidades de João Pessoa e Campina Grande concentram os maiores volumes dos itens consumidos. As duas cidades representam 49,22% dos itens escolares comprado no Estado.
João Pessoa gastou R$ 59,563 milhões em itens escolares no ano passado. Já em Campina Grande foram registrados R$ 22,461 milhões. Juntas, elas somaram R$ 82,024 milhões em compras para os estudantes.
Comentários