ECONOMIA
Lojas de material de construção lideram aumento no faturamento em CG
As lojas de materiais de construção tiveram o maior índice de crescimento do ano de 2011, em relação aos sete segmentos pesquisados pelo Idec-CG.
Publicado em 27/01/2012 às 8:24
Os programas de financiamento imobiliário continuam refletindo positivamente na economia de Campina Grande. Não por acaso, as lojas de materiais de construção tiveram o maior índice de crescimento do ano de 2011, em relação aos sete segmentos pesquisados pelo Indicador de Atividade Econômica da cidade (Idec-CG). A elevação nesse segmento foi de 23,69% sobre o ano anterior.
Outros três segmentos registraram aumento no faturamento superior a 10%. Alimentação (19,73%), móveis e eletros (16,82%) e calçados (10,90%). Os números foram apresentados ontem pela Câmara de Dirigentes e Lojistas de Campina Grande (CDL-CG) e revelam que todos os setores pesquisados cresceram acima da inflação registrada no ano passado (6,5%), com exceção de ‘serviços’, cujo índice atingiu praticamente o mesmo patamar. A média de crescimento do comércio foi 12,45%.
“Não foi surpresa esse crescimento considerável do setor de construção civil, que passou a fazer parte do Idec-CG no ano passado. A Caixa Econômica Federal (CEF) ampliou suas linhas de créditos e enquanto esse ambiente favorável permanecer, a atividade continuará em expansão”, afirmou Tito Motta, presidente da CDL-CG.
Ele projeta que em 2012 o segmento continue se destacando, tendo em vista que a CEF já anunciou a expansão de 16% no crédito. O ‘boom’ no setor, na sua avaliação, indica que a atividade deverá despertar ainda mais o interesse dos empresários de investir no segmento.
Em relação ao setor de móveis e eletros, ele analisa que o segmento se expande de forma significativa, entretanto a competitividade está sendo cada vez maior, devido à disputa entre as grandes redes de lojas que se instalaram nos últimos anos na cidade. “As lojas de menor porte sofrem para competir com as grandes redes e o lucros no setor são cada vez menores”, afirmou.
O único mês do ano em que esse segmento apresentou baixa, em relação a 2010, foi agosto.
Os setores mais instáveis da economia campinense no ano de 2011 foram os de vestuário e serviços. O primeiro, no mês de janeiro, chegou a ter pico de crescimento de 44% e no mês de fevereiro recuou 30% em relação à 2010. Durante o ano passado, foram quatro meses de queda no faturamento (fevereiro, maio, setembro e outubro) e oito de números positivos. Já o setor de serviços recuou nos meses de janeiro, março, abril e julho.
Já o segmento mais estável da economia foi o de calçados, que não teve nenhuma baixa em 2011. O maior destaque da economia, construção civil, teve uma baixa de 12% no mês de julho e cresceu em todos os outros meses.
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