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ECONOMIA

Medicamentos devem sofrer reajuste

Atualização de preço varia segundo a categoria a que pertence cada medicamento; maior aumento deve atingir os remédios de uso contínuo.

Publicado em 13/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 12/07/2023 às 12:18

Os consumidores, principalmente aqueles que usam remédios de uso contínuo, deverão pagar mais caro até 5,68% pelos medicamentos. A alta, proposta pelas indústrias do setor farmacêutico, está prevista para o início do próximo mês. As negociações sobre o índice de reajuste já começaram em Brasília.

A atualização de preço varia segundo a categoria a que pertence cada medicamento. O maior aumento deve atingir os remédios incluídos no grupo um, cuja quantidade de genéricos representa pelo menos 20% do faturamento das empresas produtoras; os medicamentos pertencentes ao grupo dois, cuja representatividade de genéricos alcança entre 15% até menos de 20% da receita dos produtores deverão ter aumento de 3,35%. Já aqueles incluídos no grupo três, cuja participação dos genéricos é de até 15%, a alta prevista é de 1,02%.

O percentual de 5,68% retrata a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no acumulado dos últimos 12 meses.

“Isso é uma média de reajuste que essas entidades fazem considerando, entre outros pontos, a inflação do período. Os percentuais são discutidos por representantes de distribuidoras, laboratórios, indústrias, farmácias e também do governo federal”, afirmou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos da Paraíba (Sindifarma-PB), Neilton Neves dos Santos.

O reajuste dos medicamentos é calculado a partir de variáveis, como as expectativas de inflação, de ganhos de produtividade das empresas de medicamentos e o preço dos insumos usados na produção dos remédios. É ainda levada em consideração no cálculo a variação da cotação do dólar e o índice de preços da energia elétrica.

A aprovação do aumento, historicamente, ocorre no final de março e o repasse ao consumidor começa em abril. Depois que o governo federal dá sua decisão final, o Ministério da Saúde divulga a tabela com o valor do teto máximo de reajuste autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que é liderada pelo MS. Segundo o Ministério da Saúde, a indústria farmacêutica renova os preços logo após o anúncio do governo federal.

Para Neilton Neves, se for confirmada a alta de até 5,68%, o índice não trará grande impacto ao mercado paraibano. “É um índice razoável diante da inflação do período e acredito que não terá grande impacto para o consumidor paraibano porque o repasse ocorre aos poucos, em um prazo de até 30 dias”, contou.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos da Paraíba (Sindifarma-JP), Hebert Almeida, explicou que enquanto houver medicamentos no estoque, as farmácias vão manter o preço antigo.

“As discussões com relação ao aumento já começaram em Brasília. Por enquanto preferimos não comentar índices que não foram aprovados. Vamos aguardar a decisão do governo federal, que deve bater o martelo no final deste mês. À medida que o aumento for homologado, os laboratórios vão passando para as distribuidoras, que repassam para as drogarias e consequentemente depois chega ao consumidor”, afirmou Hebert Almeida.

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Jornal da Paraíba

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