ECONOMIA
Mensalidades das escolas particulares devem ter reajuste entre 6% e 7%
A partir de 2011, as mensalidades das escolas particulares da Paraíba deverão ficar entre 6% e 7% mais caras. Reunião para definir o percentual acontece nesta quinta-feira (11).
Publicado em 10/11/2010 às 10:27
Natália Xavier
Do Jornal da Paraíba
A partir de 2011, as mensalidades das escolas particulares da Paraíba deverão ficar entre 6% e 7% mais caras. A reunião dos proprietários das escolas para definir o percentual ocorrerá nesta quinta-feira (11), mas o presidente do Sindicato das Escolas Particulares da Paraíba (Sinep-PB), Odésio Medeiros, adiantou que o reajuste deverá ficar dentro desta margem.
O valor é mais alto do que o índice inflacionário dos últimos 12 meses. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), até o final de outubro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerado o índice oficial de inflação do país, acumulou 4,38% neste ano. Nos últimos 12 meses, a taxa de aumento inflacionário é de 5,20%.
Segundo Odésio, a lei permite que o reajuste seja feito com base nos custos das unidades educacionais, porém, cada escola poderá definir o valor a ser aplicado. “A lei diz que a escola poderá fixar o reajuste de acordo com a planilha de custos. Algumas podem achar que têm a necessidade de um reajuste maior, outras podem querer um reajuste menor”.
De acordo com presidente do Sinep-PB, atualmente o valor mais alto cobrado por uma mensalidade em uma escola particular da capital é de R$ 580,00 e o valor mais baixo é de R$ 60,00. Considerando a faixa de reajuste de 6% a 7%, a mensalidade mais cara pode ficar entre R$ 614,80 e R$ 620,60. Já a mensalidade mais barata deverá ficar entre R$ 63,60 e R$ 64,20.
Em Campina Grande
O início do ano letivo na rede privada de ensino em Campina Grande ainda está sendo discutido pelo Sindicato das Escolas Particulares do município, mas a estimativa da entidade é que a média de reajuste nas mensalidades fique também em torno do 6%. Muitas escolas devem atingir um índice de aumento ainda maior, devido, principalmente, à alta inadimplência registrada no setor, que atinge cerca de 30%.
Cada escola tem autonomia para definir o valor que deverá cobrado, mas são obrigadas por lei a informar oficialmente o reajuste aos pais com pelo menos 45 dias antes do começo do ano letivo.
“A escola precisa repassar os aumentos de custo e os investimentos que a escola venha a fazer. A maioria dos gastos são com despesas fixas, 90% dessas despesas é que com manutenção e folha de pessoal”, explica Paulo Loureiro, presidente da entidade.
Atualmente, Campina Grande tem cerca de 250 escolas privadas com mensalidades que variam de R$ 60,00 a R$ 600,00, de acordo com a série.
“A recomendação para os pais é que procurem uma escola que esteja adequada ao orçamento da família e atenda às necessidades pedagógicas. Não procure uma escola que não possa arcar, pois isso gera uma quebra de confiança”, alerta Loureiro.
No dia 17, uma assembleia do sindicato deverá sugerir o início do ano letivo para 31 de janeiro.
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