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ECONOMIA

Mercado de pet vira febre na PB

Trezentos novos negócios, do tipo empreendedor individual, foram criados na Paraíba nos últimos dois anos.

Publicado em 09/09/2012 às 8:00


Criar um animal doméstico não é nada fácil. Apesar da satisfação de ter um cachorro ou um gato dentro de casa, cuidar de um bichinho de estimação implica em uma série de preocupações que exigem tempo, paciência e, principalmente, dinheiro. O crescimento da demanda por serviços voltados a esses animais vem despertando os empresários paraibanos para um ramo que promete muito faturamento e grande fluxo de clientes: o mercado de pets.

Nos últimos dois anos, o Estado somou 300 novos negócios do tipo Empreendedor Individual (modalidade de empresa que tem um faturamento mensal de até R$ 5 mil) voltados para os animais de estimação, entre empresas de comércio e de prestação de serviços, segundo informações do Sebrae-PB. Com um faturamento médio mensal que vai dos R$ 20 mil aos R$ 300 mil, os pet shops arrecadam, por mês, cerca de R$ 200,00 por animal apenas em cuidados básicos como ração e tosa.

“É um segmento que varia bastante, depende do porte do estabelecimento”, ressaltou o proprietário do Minha Cria Veterinários, Willames Silvério.

A funcionária pública Mary Marinho cuida, com ajuda da sobrinha Sthefanie Marinho, de duas cadelas da raça Maltês. “Elas são meus amores, às vezes deixo de gastar comigo o que gasto com elas”, brinca com bom humor a funcionária. A sobrinha não a deixa mentir: “Minha tia compra tudo que vê pela frente. Temos berço, roupa, travesseiro, cama e até cadeirinha para pôr no carro”, detalha.

A assistente social e antropóloga Tânia Marchesin não é diferente. Além de gastar com perfumes, toalhas, escovas, sapatos e camas, Tânia teve de desembolsar cerca de R$ 2.500,00 quando duas cadelas suas tiveram câncer.

“A aplicação da quimioterapia não foi tão cara, mas tive de gastar muito com exames, cirurgia e pós-operatório”, comentou.

Atualmente criando apenas um cão, os gastos para a antropóloga ainda são inúmeros. “Uma vez por semana, um rapaz vem em casa fazer todo o trabalho de higiene dele.

Também fazemos tratamento com vermífugo (remédio que combate vermes que se alojam no organismo do animal) a cada três meses e estou sempre reforçando as doses das vacinas”, enumerou. Tânia ainda vem gastando, nos últimos meses, R$ 100,00 em medicação para seu cachorro. “Rick está em depressão desde que a mãe morreu, por isso estou fazendo um tratamento com medicamentos e tentando variar a dieta dele, pois ele não quer mais comer”, acrescentou.

Mary, Sthefanie e Tânia não são as únicas. A alta demanda de paraibanos em busca de serviços voltados especialmente para cães e gatos tem impulsionado o chamado mercado de pets. Clínicas veterinárias e pet shops vêm conquistando espaço em um meio competitivo que, para o consultor em gestão empresarial Yvies Teixeira, ainda deve receber muitos investidores na capital.

“É uma área em ascensão. Hoje em dia, casais sem filhos, pessoas que moram sozinhas e idosos se interessam bastante por criar um animal, especialmente para evitar a solidão. Eles acabam criando esses bichinhos como filhos e exigem do mercado produtos de higiene e até de lazer para eles. É mais um fator social mesmo”, opinou.

Mesmo com o grande número de pet shops que foram abertos nos últimos anos, Yvies acredita que eles não são suficientes ainda para suprir a procura dos consumidores. “Quanto mais a cidade cresce, maior a necessidade por serviços em geral. Por essa razão, acredito que o mercado ainda é capaz de suportar muitos investimentos. É realmente um ramo que vale a pena nos dias de hoje”, acrescentou.

REFINO DE SERVIÇOS
A Minha Cria Veterinários atua em João Pessoa há dez anos, oferecendo serviços de pet shop e de clínica veterinária. Para Willames, a necessidade de ampliar e de disponibilizar novas formas de atendimento foi mais uma das consequências do crescimento do mercado na capital.

“Expandimos nossos serviços e nossas instalações. Inicialmente, trabalhávamos só com banho, tosa, cirurgia e como laboratório. Hoje, já fazemos exames, como raio X, ultrassom e eletrocardiograma, além de termos um plantão de 24 horas”, contou.

O veterinário Edson Mauro também vem sentindo esse aquecimento em sua clínica veterinária, localizada no Bairro dos Estados.

“O movimento é muito grande mesmo, especialmente de uns cinco anos para cá. Atendemos uma média de 30 animais por dia e até já contratei enfermeiros devido a esse crescimento da demanda”, afirmou Edson, que trabalha com cirurgias, aplicações de vacinas, exames e internações para animais de pequeno porte.

O crescimento no número de pet shops no Estado vem alavancando também a profissão do veterinário, que se mostra indispensável em certos procedimentos. “Vacinação e consultas são obrigatoriamente feitas por médicos veterinários. Temos um consultório no pet shop só para isso”, disse o proprietário da loja Pet Show.

O empresário estima um investimento inicial em torno de R$ 50 mil para iniciar o negócio, além da necessidade de arcar com procedimentos burocráticos. “Tem que ter a documentação comum a qualquer empresa, registro no Conselho de Medicina Veterinária, certificados do Ministério da Agricultura e do Ibama, além de ter um veterinário respondendo pela loja”, enumerou.

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Jornal da Paraíba

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