MERCADO EM MOVIMENTO
Favelas na mira de grandes grupos de e-commerce
Excluídos dos serviços regulares de entregas, consumidores que moram em favelas passam a ser alvo de grandes grupos de comércio eletrônico.
Publicado em 01/05/2021 às 8:10 | Atualizado em 30/08/2021 às 17:32
A B2W, uma das gigantes brasileiras do comércio online, fechou parceria comercial com a startup de logística Favela Brasil Xpress e com a organização G10 Favelas para entregar na comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, produtos vendidos nas lojas online com as bandeiras Americanas, Submarino e Shoptime.
Com isso, mais de 100 mil moradores da comunidade deixam de precisar se deslocar até pontos de retirada de produtos adquiridos pela internet, geralmente agências dos Correios ou lojas físicas do grupo.
Por questões como falta de CEP (Código de Endereçamento Postal), de numeração nas casas e de segurança, moradores das favelas geralmente estão fora do mapa das empresas de logística.
No entanto, pesquisas mostram que essas comunidades reúnem mais de 11 milhões de brasileiros, boa parte deles com acesso à internet e, portanto, consumidores em potencial.
Desde o início deste mês, a startup Favela Brasil Xpress, responsável pela última milha (last mile), fez cerca de 350 entregas por dia em Paraisópolis.
Dois contêineres da B2W instalados em espaço comunitário funcionam como centro de distribuição.
Após a separação, as entregas são feitas na casa do cliente em até 12 horas pela startup.
A operação tem uma equipe de 35 pessoas, incluindo entregadores da comunidade que conhecem a geografia da região e circulam com bicicletas e tuk-tuks.
Para Giva Pereira, presidente da Favela Brasil Xpress, a startup surgiu para revolucionar a entrega nas comunidades.
O Mercado Livre, maior shopping virtual da América Latina também tem investido fortemente em sua malha logística para atender aos consumidores de diferentes regiões do País, inclusive em áreas consideradas de risco.
O Magalu informou que também entrega as compras da loja online mesmo em áreas consideradas de risco.
Fonte: Mercado e consumo
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