ECONOMIA
Metro de imóvel subiu até 306% em JP
Período também foi marcado por um amplo aumento na procura por imóveis, principalmente por conta do aumento da renda, da geração de empregos e dos benefícios para financiamentos habitacionais
Publicado em 20/07/2014 às 16:00 | Atualizado em 06/02/2024 às 17:05
Em 2005, o preço médio do metro quadrado em João Pessoa era de R$ 1.047,00. Atualmente, segundo a pesquisa de mercado do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP) e do tecnólogo em negócios imobiliários Fábio Henriques, o valor aumentou para R$ 3.939,57 – uma variação de 190% em pouco menos de 10 anos. Ou seja, o valor médio dos imóveis quase triplicou.
Considerando apenas os bairros da orla na Grande João Pessoa – Cabo Branco, Tambaú, Intermares, Manaíra, Bessa e Camboinha – o valor médio, que era de R$ 1.477,00 há 9 anos, saltou para R$ 6.004,90, uma variação nominal de 306,4%.
No mesmo período, o salário mínimo, que valia R$ 300,00 em 2005, teve uma alta nominal de 141,3%, chegando aos atuais R$ 724,00, após mudanças no cálculos, que trouxe recuperação do Piso Nacional no período. Contudo, o índice que corrige o salário mínimo não é a realidade da maioria das categorias.
O período também foi marcado por um amplo aumento na procura por imóveis, principalmente por conta do aumento da renda, da geração de empregos e dos benefícios para financiamentos habitacionais do 'Minha Casa Minha Vida' (MCMV). A alta procura também gerou demanda por mão de obra qualificada, que a Paraíba não tinha e que acabou impactando nos preços.
Segundo Henriques, parte desse aumento é decorrente da outorga onerosa, imposto implantado em 2006 na Prefeitura de João Pessoa. “Para as construtoras, antes o Alvará custava em torno de R$ 4,8 mil. Depois da outorga, passou a custar R$ 175 mil”, explica. Segundo ele, esse valor é válido apenas para bairros da orla e outros bairros nobres, como o Bairro dos Estados. Outro fator que motivou a subida de preços foi a demanda do mercado: se antes João Pessoa era uma cidade movimentada pelos empregos gerados no serviço público, mas o perfil é de uma capital de comerciantes e de novos empresários.
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