ECONOMIA
Motoristas ameaçam greve em CG
Categoria pede reajuste de 16% e empresários ofereceram 7%; caso não haja avanço nas negociações trabalhadores podem parar.
Publicado em 18/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 06/02/2024 às 16:58
Terminou sem um acordo a primeira reunião realizada este ano entre os motoristas de ônibus de Campina Grande e os representantes das empresas que atuam na cidade. O encontro, realizado na tarde de ontem na Delegacia Regional do Trabalho, foi encerrado com uma promessa dos motoristas de paralisar as atividades na próxima quarta-feira, caso as negociações não avancem até a próxima reunião, marcada para terça-feira. A categoria pede um reajuste salarial de 16%, mas o sindicato que representa os empresários ofereceu apenas 7%.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Campina Grande, Antonino Macedo, a proposta apresentada ontem pelos empresários foi bem abaixo da esperada pela categoria, que no próximo domingo vai realizar uma assembleia para aprovar o indicativo de greve.
“A gente tem a melhor das intenções para negociar, mas uma proposta de 7% eu nem discuto. Sabemos que eles (os empresários) têm as dificuldades deles, mas eu esperava que eles colocassem ao menos o reajuste que deram em João Pessoa, de 9%”, destacou o sindicalista, acrescentando que “se na terça-feira eles não chegarem para negociar, na quarta-feira a gente para geral”.
Já o diretor institucional do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Sitrans), Anchieta Bernardino, disse acreditar que as partes chegarão a um acordo ao longo dos próximos dias. “Dificilmente se fecha um acordo coletivo na primeira reunião. No ano passado foram duas e a gente está pensando que na próxima reunião isso se resolva”, relatou.
Sobre o pedido de reajuste dos profissionais, Anchieta afirmou que o índice percentual reivindicado foi muito acima da média.
“O pedido deles foi muito alto. Nós estamos trabalhando com uma proposta para recompor a inflação, que foi de 6,02%, e estamos oferecendo 7%, ou seja, ainda estamos dando um ganho real sobre a inflação de 1%”, enfatizou o diretor.
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