MPEs concentram massa de remuneração

O levantamento realizado pela OIT ainda ressalta o papel das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) na economia paraibana. No Estado, 50,9% da massa de remuneração é oriunda desse tipo de negócio. A tendência se repete em outros seis estados brasileiros, a exemplo do Tocantins (65,4%), Goiás (61,5%) e Amapá (57,1%).

Para o economista José Fernando, o crescimento do ramo das MPEs deve-se especialmente aos incentivos do governo ao setor. “As autoridades do Estado estão estimulando a criação de negócios particulares e já estamos colhendo os frutos. Essas pequenas empresas surgiram mais para fornecer bens e serviços para o próprio Estado e, por isso, estão exercendo um papel muito importante na economia local”, avaliou.

Além dos estímulos governamentais, o crescimento do poder aquisitivo das classes menos abastadas também é apontado como um dos fatores que ajudam no sucesso dos pequenos negócios. “É uma reação em cadeia. As classes C, D e E estão com condições financeiras melhores. Como elas consumem mais das empresas pequenas, ajudam diretamente no desenvolvimento delas, o que gera mais emprego e salários mais altos na região”, resumiu Ivani. Segundo ela, 97% das empresas da Paraíba são classificadas como MPEs.

Ainda assim, vale ficar alerta à concorrência. “O momento está muito favorável para as micro e pequenas empresas em todo o Brasil, sendo elas responsáveis pela maior parte dos recursos gerados, mas é importante lembrar que, em cinco anos, 20% a 25% das empresas desse tipo costumam ir à falência. Portanto, os empresários têm de estar cada vez mais atentos às variações do mercado”, finalizou o economista José Fernando Chagas.