ECONOMIA
NE fechará barreiras para gado paraibano
Barreiras comerciais serão fechadas ao gado da PB e RN, até que os dois estados comprovem que são zona livre da febre aftosa.
Publicado em 15/05/2012 às 6:30
A partir de hoje ficará mais difícil a saída de bovinos criados na Paraíba para outros Estados nordestinos. Conforme o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Mário Borba, os estados de Pernambuco e Ceará fecharão as divisas para o transporte desses animais criados na Paraíba. Desta maneira, a partir de hoje, os bovinos criados no território paraibano poderão entrar apenas no Rio Grande do Norte, estado que, segundo o presidente da Faepa, também está isolado na região Nordeste, e de onde os animais também não podem ir para outra localidade.
O secretário de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, Marenilson Batista, confirmou o fechamento das barreiras comerciais na região para o gado bovino paraibano. O procedimento para evitar a contaminação entre os rebanhos inclui a imposição de períodos para observação do gado. "As barreiras serão fechadas e os animais só poderão sair após um período de quarentena", assegurou.
Segundo o presidente da Faepa, Mário Borba, a imposição das novas barreiras está atrelada à realização do inquérito soro-epidemiológico nos estados de Pernambuco, Ceará, Alagoas, Piauí e Pará, que estão participando do Projeto de Ampliação de Zona Livre de Febre Aftosa, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A proibição tem o objetivo de evitar a entrada de animais com risco de contaminação nestes estados. “A Paraíba e o Rio Grande do Norte vão ficar isolados no Nordeste já que todos os outros estados que fazem divisa conosco não permitirão a entrada de nossos animais”, ressaltou.
O presidente da Faepa acredita que o problema vivenciado atualmente pela Paraíba acontece porque, diferente dos outros estados que iniciarão neste mês os exames sorológicos, a Paraíba ainda não conseguiu cumprir todas as exigências do Ministério da Agricultura para partir para esta etapa na busca pela classificação como zona livre da febre aftosa. “A Paraíba e o Rio Grande do Norte não conseguiram cumprir o dever de casa”, comentou. Dados do IBGE mostram que a Paraíba tem um rebanho bovino de 1,244 milhão de animais.
Para Borba, por causa da seca, os transtornos do fechamento das divisas deverão ser maiores.
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