ECONOMIA
Nível de higiene vai certificar setor
Anvisa vai classificar estabelecimentos gastronômicos brasileiros com base no nível de higiene de suas cozinhas.
Publicado em 22/03/2013 às 6:00
Onze restaurantes paraibanos, associados à Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Paraíba (Abrasel-PB), já estão em processo de certificação para se ajustarem à nova classificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No início deste ano, a agência anunciou que está elaborando um projeto de classificação dos estabelecimentos gastronômicos brasileiros com base no nível de higiene de suas cozinhas.
A ideia seria seguir modelos como os adotados em Nova York (EUA), nos quais são atribuídas notas ou conceitos aos restaurantes. Os que têm classificação A são os de maior excelência. Aqueles de nível B são intermediários e os C ficam como não recomendados. “Para garantirem o melhor conceito, eles contam com o apoio do Sebrae e do Senai, que fazem uma análise de cada estabelecimento e apontam as mudanças necessárias”, pontuou o presidente da Abrasel, Marcos Mozzini.
Para incentivar mais restaurantes a fazerem o mesmo e de olho na Copa do Mundo, a Abrasel-PB promoveu ontem a palestra “A correta higienização de cozinhas de acordo com a Anvisa e as recomendações da Fifa”, com o especialista profissional em higienização, Paulo Zanini.
Na ocasião, estiveram presentes cerca de 150 donos de empresas do setor dispostos a aprender mais sobre as Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Conforme o palestrante, uma postura boa para se tomar, uma vez que os empresários precisarão correr atrás do prejuízo, se quiserem ganhar o turista dos eventos internacionais que acontecerão no país nos próximos anos.
Segundo Zanini, acompanhar a nova classificação proposta pela Anvisa não é, necessariamente, um desafio difícil. Isto porque ela exige, apenas, que as Boas Práticas para Serviços de Alimentação (instituídas pela Resolução - RDC nº 216 de 2004) sejam postas em prática. A legislação estabelece, por exemplo, como deve ser feita a estocagem dos alimentos, a higienização do local, dentre outras regras de higiene que devem ser obedecidas pelos manipuladores desde a escolha e compra dos produtos a serem utilizados no preparo do alimento até a venda para o consumidor. “Na realidade, é o caso de cumprir aquilo que já é estabelecido pela Lei. Para ter o alvará de funcionamento, um bar ou restaurante precisa de uma estrutura mínima, com isto, em dois ou três meses é possível implementar as mudanças necessárias para se ter a maior nota. E estas não pedem, necessariamente, altos investimentos, mas uma mudança de cultura, de hábitos”, comentou.
Segundo o palestrante, o gestor precisará passar a treinar os seus colaboradores, a procurar por fornecedores que ajudem neste processo e a implementar à risca os conceitos das Boas Práticas. “O turista de 2014 pode encontrar uma mudança significativa, há tempo para isto. No entanto, o segredo é dar continuidade a isto, com a supervisão dos colaboradores”, acrescentou.
VALOR AGREGADO
Para Zanini, ter a melhor classificação ou a nota máxima – como queiram chamar – pode sim trazer retorno financeiro para o estabelecimento.
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