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ECONOMIA

Obras do trevo de Mangabeira preocupam comerciantes da avenida Josefa Taveira

 Lojistas instalados na área alegam que, após início das ações no local, a queda nas vendas chega a 90% e nem as promoções estão atraindo os compradores. 

Publicado em 04/04/2015 às 8:00

As obras do trevo do bairro pessoense de Mangabeira são motivo de preocupação para os comerciantes da Avenida Josefa Taveira. Eles alegam queda de até 90% nas vendas se comparado ao período anterior aos serviços no local. Por causa da dificuldade de acesso à avenida, os clientes se afastaram da área. Por causa disso, contratações estão deixando de ser efetuadas e nem as promoções estão atraindo os compradores. Há empresário que está até fechando o estabelecimento porque não tem mais condição de manter o ponto.

É o caso das lojas de Gerlane Pôncio de Leon, gerente da Kital Modas, que vende calçados, bolsas e assessórios. Ela contou que tinha outro ponto na avenida, vendeu o ano passado e comprou o estabelecimento onde trabalha atualmente porque a localização era melhor. “Só que me mudei para cá no momento errado. Esta reforma começou entre outubro e novembro e desde então a procura caiu 90%. Estou passando o ponto para alugar porque não tenho mais como manter o negócio”, afirmou.

Segundo Gerlane Leon, na terça-feira passada ela não abriu a loja por causa da retração nas compras. “Tenho três funcionários e está muito difícil mantê-los. Meu marido tem um comércio em outra cidade. É com o lucro de lá que estamos cobrindo as despesas daqui”, confessou. Ela acrescentou que a diminuição no número de clientes está associada às obras do trevo. “Antes da obra a retração era de aproximadamente 10% por causa da situação econômica. Agora depois dos serviços a situação piorou muito”.

O proprietário da livraria evangélica Gospel Mix, José Marcos da Silva Júnior, afirmou que não tem concorrente na Josefa Taveira, mesmo assim a queda é de 60%. “Temos uma via só, de mão única, então não tem como o cliente retornar para vir comprar algo. O acesso às lojas da Josefa Taveira ficou muito difícil com esta reforma. Quem vem do centro da cidade tem que fazer um longo contorno por outros bairros para chegar à Josefa Taveira. Esta situação é bem diferente do normal, já que a via era passagem para pessoas que iam para diversos bairros da capital e tinha muito movimento”, frisou José Marcos.

O empresário declarou que está adiando contratações por causa da queda no faturamento e investindo em promoções de 20% até 60% para aquecer as vendas, mas a estratégia não está surtindo efeito. “Eu tinha dois funcionários, um não deu certo e dispensei. Mas até agora não contratei outro por causa da situação crítica”, salientou José Marcos.

O funcionário do Box Nossa Senhora do Carmo, que comercializa frutas, verduras e legumes, João Antonio Luiz da Silva, afirmou que a queda no local chegou a 80%. “Isso por causa destes serviço do trevo. Outro problema é que há algum tempo o motorista está proibido de estacionar na rua para comprar. Tínhamos uma freguesia boa, mas os clientes passantes sumiram”, lamentou.

A reportagem tentou ouvir o Departamento de Estradas e Rodagens da Paraíba (DER-PB) mas o diretor de obras, Hélio Cunha Lima, e o superintende, Carlos Pereira, não atenderam às ligações.

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Jornal da Paraíba

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