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ECONOMIA

Organização de Saúde Animal discute degradação do meio ambiente

Degradação do meio ambiente, que está proporcionando o surgimento de novas enfermidades animais no mundo, foi discutida em evento na França.

Publicado em 11/06/2009 às 19:31

Da Redação

A degradação do meio ambiente está proporcionando o surgimento de novas enfermidades animais no mundo. Essa foi uma das conclusões tiradas na reunião do Comitê Internacional da Organização Mundial de Saúde Animal, da qual participou em Paris o paraibano José Saraiva Neves, integrante do Conselho Federal de Medicina Veterinária.

A situação zoossanitária no mundo e o controle das zoonoses são motivo de preocupação cada vez maior das autoridades internacionais. As mudanças climáticas, em sua maioria reflexo da ação devastadora do homem, têm trazido conseqüências para a saúde pública, como o aumento da incidência de doenças como a dengue, raiva, brucelose, malária, tuberculose e as endoparasitores.

No Brasil, explica o médico veterinário José Saraiva Neves, se verifica que determinados tipos de agentes transmissores de infecções estão migrando das matas para as cidades. Isso explica o aumento de casos de leishmaniose, doença transmitida ao homem pela picada de um tipo de mosquito, e de enfermidades transmitidas por carrapatos. “Zoonoses que até bem pouco tempo não se encontravam em alto grau nas zonas urbanas e que agora atormentam as autoridades de saúde”, revelou.

O evento do Comitê Internacional da Organização de Saúde Animal também discutiu a questão da segurança alimentar e a situação da febre aftosa no mundo.

Para estudar o impacto dessas doenças, a Organização criou cinco Comissões Regionais. Uma delas, a da América, que engloba todos os países da América do Sul, América Central e América do Norte, além da França, é presidida por um brasileiro. Elas voltam a se reunir em maio de 2010 na França, quando devem ser aprovadas novas resoluções.

Atualmente, o Brasil exporta carne para mais de 150 países, mas os mercados que melhor remuneram estão fechados para a carne brasileira. Desde 2006 o país não registra a circulação do vírus da febre aftosa, mas os estados do Amazonas, de Roraima, Amapá, parte do Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas ainda não são considerados livres da doença.

A meta é que o Brasil esteja livre da febre aftosa com vacinação dos animais até o final de 2010. Mas o médico veterinário José Saraiva Neves lembra da falta de uma política mais séria, principalmente em determinados estados, no combate à aftosa.

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Jornal da Paraíba

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