ECONOMIA
Paraíba continua com a pior média salarial
Dados do IBGE mostram que apesar do aumento em 19,2% na média salarial, Paraíba continua com a pior colocação no ranking.
Publicado em 17/05/2012 às 6:30
Em três anos, a Paraíba gerou mais de 106 mil vagas de trabalho e aumentou em 19,2% a média salarial dos trabalhadores, mas continua sendo o Estado em que os trabalhadores recebem os piores salários do país. Este foi o retrato divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e faz parte do Cadastro da Central de Empresas (Cempre) 2010, que reúne informações cadastrais e econômicas de empresas e outras organizações, como a administração pública, entidades sem fins lucrativos, pessoas físicas e instituições extraterritoriais.
Conforme os dados divulgados, em 2010, a média salarial paga aos trabalhadores na Paraíba era de 2,3 salários mínimos, chegando a R$ 1.195,39. Já considerando o período de 2007 a 2010, a variação do salário médio mensal dos trabalhadores paraibanos registrou a maior taxa entre as 27 Unidades da Federação (19,2%). Mesmo assim, não foi o suficiente para que o Estado abandonasse a última colocação no ranking dos piores salários.
O economista do Dieese, Renato Silva, justifica a pior média salarial do Estado ao próprio mercado de trabalho. “Muitas atividades que se destacam na Paraíba remuneram a força de trabalho com salários bem próximos do [salário] mínimo.
Atividades como o comércio, por exemplo, que possui um peso significativo quanto às ofertas de trabalho no Estado pagam menos de dois salários mínimos, o que faz com que a média salarial se mantenha baixa”, explicou.
Com relação ao aumento salarial, Silva comenta que além da base de comparação ser baixa, algumas entidades representativas de categorias conseguiram bons avanços nas negociações salariais nos últimos anos. “Com a base de comparação mais baixa, a cada real aumentado a variação percentual é muito maior, mas temos que atentar também para o fato de que muito sindicatos tiveram sucesso nas negociações salariais coletivas de algumas categorias", comentou.
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