ECONOMIA
Paraíba lidera abate de frango no país
Com cinco milhões de aves de frango abatidas entre julho e setembro, a Paraíba registrou o maior crescimento no terceiro trimestre do país.
Publicado em 16/12/2011 às 8:00
Com cinco milhões de aves de frango abatidas entre julho e setembro, a Paraíba registrou o maior crescimento no terceiro trimestre do país (32,8%) ante o mesmo período do ano passado, quando foram abatidas 3,76 milhões de aves. Os dados, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que a Paraíba continua tendo o maior crescimento do país, registrando uma alta bem acima da média nacional, que foi de 5% no terceiro trimestre do ano.
Com o aumento na quantidade de aves abatidas, a Paraíba continua sendo o terceiro Estado nordestino no setor de avicultura, ficando atrás apenas da Bahia (18,34 milhões) e Pernambuco (13,97 milhões). No trimestre anterior, conforme o IBGE, o número de aves abatidas na Paraíba tinham chegado a 4,7 milhões.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa-PB), Mário Borba, o crescimento é muito significativo e está atrelado principalmente ao desempenho da indústria avícola Guaraves, que é uma das maiores do Nordeste e está localizada no município de Guarabira, no Agreste do Estado. “Existe também um aumento de consumo da carne de frango e não restam dúvidas de que a avicultura é uma atividade importante”, comentou.
Conforme o diretor-executivo da Guaraves, Veronildo Coutinho, atualmente a indústria abate cerca de 80 mil aves por dia, mas a previsão é chegar a 120 mil abates por dia no próximo ano. “O que acontecia era que a Paraíba não era autossuficiente na produção de aves. Hoje, o Estado já está se tornando autossuficiente porque não é só a Guaraves que está crescendo, mas também existem polos nas regiões de João Pessoa e Campina Grande onde a produção tem crescido”, afirmou.
Segundo Veronildo, a empresa, que detém cerca de 60% do plantel de aves do Estado, já abastece o mercado do Nordeste e a pretensão é iniciar as exportações para a China a partir do próximo ano. “Estamos investindo muito também em tecnologia para que possamos crescer não somente em quantidade, mas também em qualidade”, ressaltou.
O presidente da Faepa vislumbra que quando a ferrovia Transnordestina (que fará a ligação entre os Estados de Piauí, Ceará e Pernambuco) for concluída, o setor de avicultura na Paraíba deverá se desenvolver ainda mais. “Hoje, o milho comprado para a alimentação das aves vem do Mato Grosso e essa distância encarece muito o valor. Com a conclusão da Transnordestina, como o veículo ferroviário é mais barato, o preço do milho deverá baixar e o produtor paraibano poderá se tornar mais competitivo”, acredita.
Suínos e bovinos
Enquanto que a produção de aves da Paraíba foi a que mais cresceu no país, a quantidade de bovinos abatidos sofreu queda de 3,6%, totalizando 17,7 mil animais. No país, a redução foi de 1,6%. Já a quantidade de suínos abatidos na Paraíba teve uma redução de 2,5% no terceiro trimestre do ano ante o mesmo período.
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