ECONOMIA
Paraíba perde mais de 5 mil postos de trabalho em março
Saldo do mês passado foi o pior da série histórica do Caged. No primeiro trimestre, diminuição foi de 7.525 vagas.
Publicado em 24/04/2015 às 6:00 | Atualizado em 14/02/2024 às 13:35
O saldo de empregos formais na Paraíba no mês de março apresentou queda de 5.691 postos de trabalhos, a maior retração da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para o mês, segundo informou ontem o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A queda foi puxada mais uma vez pelos setores da agropecuária (-2.736) e a indústria de transformação (-2.283).
As atividades da construção civil (-573) e do comércio (-204) também contribuíram para o saldo negativo do último mês. No Nordeste, a Paraíba aparece como o segundo pior saldo de postos de trabalhos do mês de março, perdendo apenas para Pernambuco (-11.862).
Segundo o economista e supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Renato Silva, o baixo desempenho do mês de março ocorreu por causa da entressafra do setor sucroalcooleiro no Estado, registrando também queda em seus subsetores da indústria de bebidas e alimentação. “A tendência para os próximos meses ainda é de queda. No entanto, espera-se um melhor desempenho no saldo de empregos no segundo semestre, quando estiver passada esta fase de ajustes da economia”, frisou Renato Silva.
NOS MUNICÍPIOS
O Caged ainda apontou que o município paraibano com o pior saldo no mês de março foi Santa Rita, com perda de 2.088 trabalhadores. Em segundo lugar veio Mamanguape (-705) e em seguida João Pessoa (-592). Campina Grande apresentou uma pequena queda (-29). Segundo Silva, a produção da cana-de-açúcar contribuiu para a dispensa de trabalhadores nas duas cidades, já que a economia da região tem influência das usinas presentes nos municípios. Na capital paraibana a retração foi motivada pelo comércio, construção civil e serviços.
NO 1º TRIMESTRE
No acumulado deste ano, a Paraíba registrou um saldo negativo de 7.525 empregados com carteira assinada. No mesmo período do ano passado, o saldo negativo era bem menor (-860). Isso significa que as perdas deste ano equivalem a mais de oito vezes as vagas no primeiro trimestre do ano passado.
Nos municípios, Santa Rita (-2.220), Mamanguape (-1.426) e João Pessoa (-979) lideram perdas no primeiro trimestre no Estado.
NO PAÍS
O país voltou a contratar em março deste ano, interrompendo uma sequência de três meses de demissões que vinha desde dezembro. Segundo dados do Caged, foram abertas 19,3 mil vagas. Em março do ano passado, o país criou 13,1 mil vagas.
Já de janeiro a março, houve o fechamento de 50,3 mil postos de trabalho.
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