ECONOMIA
Paraíba tem cinco minas entre as 200 maiores do país
A maior delas é a Guaju, em Mataraca, explorada pela multinacional Millennium Inorganic Chemichals.
Publicado em 25/11/2011 às 7:30
A Paraíba teve cinco minas escolhidas entre as 200 maiores do país, segundo ranking da revista Minérios e Minerales. A maior delas é a Guaju, em Mataraca, explorada pela multinacional Millennium Inorganic Chemichals. Ela é a 15ª do país e também a maior produtora de ilmenita do Brasil.
Além de ilmenita, a Paraíba também é sede da mina Juá, em Boa Vista, no Agreste Paraibano, maior produtora de bentonita do país, e o 178º maior empreendimento de mineração. A cidade ainda tem outras duas minas do mineral, que são, em ordem, a segunda e terceira maiores produtoras brasileiras: a Projeto Primavera e a 201. Todas as minas são exploradas pela Bentonit União Nordeste.
Completa a lista a mina Miramar, em Caaporã, na Mata Paraibana Sul, a oitava maior produtora de calcário do país, e a de número 70 no ranking.
De acordo com o gerente geral da Millennium Mineração, Geraldo Morais, o resultado é importante para o Estado, já que demonstra que os investimentos no setor na Paraíba estão trazendo retorno. “Nossa produção hoje é de cerca de 128 mil toneladas ao ano, mas em 2012 queremos aumentar para 135 mil toneladas”, projeta.
A Millennium é considerada uma empresa média no ramo da mineração do país, mas destaque na economia do Estado.
“Estamos entre os 100 maiores arrecadadores de ICMS do Estado, ajudamos a desenvolver a economia local e temos quase 300 empregados”, aponta. A área, explorada desde 1983 tem 1,05 mil hectares.
Apesar do bom desempenho do Estado, ficando atrás apenas da Bahia em número de minas publicadas, que teve 12 na lista, Geraldo acredita que a Paraíba tem muito o que desenvolver.
“Anualmente, o número de empresas no Estado vem crescendo, o potencial é muito grande. Um problema é que os minérios são commodities, e que estes sofrem mudanças de acordo com o mercado internacional. As crises do mercado afetam aqui também”, diz.
Os maiores concorrentes do mineral paraibano são Austrália e África do Sul, e boa parte da produção vai para o mercado interno. No caso da Millennium, metade da produção é processada em uma fábrica em Camaçari (BA) e o resto parte para outra unidade do grupo, na França, onde abastece o mercado europeu.
Já o faturamento da empresa deve fechar o ano com um aumento de 42%, passando de R$ 70 milhões, em 2010, para R$ 100 milhões este ano, com a exportação de excedente para a China.
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