Paraibanos se destacam no mundo da tecnologia

Para a maioria das pessoas, grandes nomes da tecnologia, como Facebook e Google, não passam de empresas fornecedoras de serviços. Outros indivíduos, entretanto, enxergam essas corporações como espaços para uma carreira profissional promissora, traçando planos de vida que resultem em empregos nessas companhias. Para esses, o essencial é ficar de olho nas possíveis “brechas” e adentrar nesse mundo dos negócios tecnológicos.

Com apenas 22 anos de idade, André Costa, formado em Ciências da Computação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), está finalizando seu mestrado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para trabalhar em uma das empresas mais disputadas da atualidade: o Facebook.

Sua ida a Menlo Park, Califórnia, nos Estados Unidos, local que abriga a sede do Facebook, está programada para acontecer em dezembro deste ano. As expectativas são enormes. “Desde que entrei na universidade esperava poder trabalhar algum dia em uma grande empresa da área, mas via como algo distante. Durante as entrevistas, percebi que era possível”, confidenciou André.

O estudante explicou que quem deseja seguir este tipo de carreira deve prestar atenção às oportunidades, que muitas vezes estão mais acessíveis do que se imagina. “Quando me formei pela UFPB, enviei meu currículo pelo site do Facebook. Entrei na sessão 'carreiras' www.facebook.com/careers e enviei meu portfólio. Enquanto isso, fui aprovado no mestrado na UFPE. Até que fui chamado para participar do processo seletivo”, disse.

Primeiro, o rapaz teve que resolver um desafio de programação. Depois foram três entrevistas técnicas via Skype, serviço de troca de informações online. Por último, André passou um dia na sede da empresa, no Vale do Silício, para fazer mais três entrevistas presenciais.

Como o convite para participar do Facebook demorou para chegar, o estudante tocou seu mestrado, mas não desistiu do sonho de fazer parte da empresa. “No ano seguinte ao processo seletivo, entrei em contato com a recrutadora do processo passado. Após duas entrevistas pelo Skype, consegui um estágio. O estágio foi de fevereiro a maio deste ano. Como fui bem, recebi uma proposta para voltar quando terminar o mestrado, que é em dezembro deste ano”, relatou o jovem funcionário do Facebook, que vai trabalhar como engenheiro de software.

ÁREA EXIGE EMPREENDEDORISMO

Berço tecnológico da Paraíba, a cidade de Campina Grande também exporta profissionais para grandes corporações.

Exemplo disso é o engenheiro Aroldo Fontes, que há quatro anos desenvolve tecnologia militar no Rio de Janeiro. Concursado pela Marinha do Brasil, ele fala da importância em agarrar as oportunidades. “Desde quando tava na graduação eu trabalhava na área. Quando me formei, fiquei sabendo do concurso na Marinha e fiz a prova. Vi que era uma área interessante e promissora, por isso me dediquei a seguir a carreira”, disse.

De acordo com o professor Damásio Fernandes, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), além de agarrar as oportunidades, é necessário trabalhar o empreendedorismo nos profissionais. “A gente tenta incentivar os alunos a estudarem bastante para se tornarem bons profissionais, tanto em empresas de renome nacional e internacional, como também em seus próprios negócios. Hoje os profissionais paraibanos desenvolvem tecnologia para vários países, devido ao trabalho empreendedor que aprendem nas universidades”, disse. (Especial para o Jornal da Paraíba)