PB é 16º em competitividade

A Paraíba estagnou no 2º Ranking de Competitividade dos Estados Brasileiros 2012, divulgado pelo Centro de Liderança Pública. O Estado manteve a 16ª posição no âmbito nacional (com 33 pontos, numa escala de zero a 100) e permaneceu na categoria 'moderados' - acompanhado por mais 16 estados, mas bem abaixo do líder São Paulo (77,1).

O estudo, realizado pelo grupo inglês Economist Intelligence Unit (EIE), mostrou ainda que a Paraíba só ascendeu da 6ª para 5ª posição na análise regional porque Alagoas perdeu posições.

Para o presidente da Federação das Indústrias (Fiep-PB), Francisco Buega Gadelha, chegou o momento de pensar na competitividade com outros olhos. “Somos pobres em recursos hídricos e nossa agricultura é quase nula, isto nos tornou menos competitivos ao longo dos anos. Não sobra nada do campo para ser injetado na economia do Estado. Nossa educação básica é ruim também, então temos entraves que precisamos superar”, comentou.

Segundo o estudo, as regiões do Norte e Nordeste estão no radar dos investidores estrangeiros. “Neste item, verificamos que diversos estados criaram agências de promoção de investimentos para ajudá-los a atrair uma parcela maior de capital estrangeiro”, afirmou o pesquisador do Economist Intelligence Unit, Robert Wood.

No entanto, no caso da Paraíba, a categoria 'Política para o Investimento Estrangeiro' foi, de certa forma, preocupante. O Estado ficou na 18ª posição (41,7 pontos) no ranking nacional – empatando com o Maranhão e com Alagoas - e, regionalmente, superou apenas o Rio Grande do Norte e o Piauí na atração deste perfil de investidores.

Acima da sua colocação nacional (16ª), a gestão paraibana obteve posições melhores em 'Infraestrutura', com a 7ª colocação (37,5 pontos), com o 'Regime Tributário e Regulatório” (com a 9ª posição e 25 pontos), e com Sustentabilidade, na 14ª contabilizando 68,8 pontos. Abaixo, esteve em 20º do País em 'Ambiente Político' (29,2 pontos), em 19º na categoria 'Recursos Humanos' (16,7), em 18º lugar em Inovação (20) e em última posição em 'Ambiente Econômico' (25). “O nosso ambiente político, por muitos anos, foi outro entrave ao desenvolvimento do Estado. Alagoas, Maranhão e Rio Grande do Norte também tiveram problemas neste sentido, por isto acompanham a Paraíba neste ponto da análise. No caso dos recursos humanos, creio que começamos a nos movimentar a respeito”, completou Buega Gadelha.

Para o secretário adjunto de Comunicação do Estado, Paulo André Leite, o Governo do Estado tem trabalhado em duas das categorias que mais penalizam o Nordeste. “Com relação à infraestrutura, os investimentos têm alcançado todo o Estado, especialmente recursos hídricos, infraestrutura viária, ampliação da rede de fibra ótica e equipamentos turísticos. Os investimentos em recursos humanos se dão principalmente na educação. O governo está construindo escolas técnicas para ampliar a oferta de mão de obra qualificada em todo o território estadual”, comentou.

As primeiras colocações do ranking permaneceram inalteradas frente ao ano passado. São Paulo continua como estado de melhor ambiente de negócios do país, com nota 77,1. O Estado foi seguido por Rio de Janeiro e por Minas Gerais, 71,8 pontos e 62,8 pontos, respectivamente. Rio Grande do Sul (60,5), Paraná (59,5) e Santa Catarina (54,7) completam a relação dos estados com ambiente de negócios considerados “bons”.