ECONOMIA
PB: empresas sobrevivem mais
Dados do IBGE mostram a Paraíba com um percentual de 77,1%, sendo a segunda maior taxa de sobrevivência de empresas do Nordeste.
Publicado em 28/08/2012 às 6:00
A Paraíba apresentou a segunda maior taxa de sobrevivência de empresas com relação aos demais estados nordestinos. Os dados do Censo de Demografia das Empresas de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado ontem, aponta um percentual de 77,1% de sobreviventes – um pouco atrás do Estado líder, que é Sergipe (77,2%). A média paraibana também superou a média da Região Nordeste, que foi de 75,1%.
Ao todo, o estado contabilizava em 2010 mais de 50,929 mil empresas ativas, um número 17,2% superior ao de 2007, quando havia 43,454 mil unidades ativas. Com relação a 2009, quando existiam 46.712 empresas, o crescimento foi de 9% - a taxa de sobrevivência, à época, era de 77,8%.
Em 2010, 7,485 mil empresas fecharam as portas na Paraíba, enquanto 11,656 mil foram de novos negócios.
O superintendente do Sebrae Paraíba, Júlio Rafael, explicou que a entidade fez também um estudo da mortalidade das micro e pequenas empresas no ano passado, avaliando as empresas que passaram os dois primeiros anos de vida entre 2007 e 2009, e o resultado da Paraíba também foi relevante. “O IBGE avalia as empresas com um ano de existência e avaliou o ano de 2010.
Sendo assim, posso concluir que as empresas paraibanas continuam respondendo bem ao mercado, apesar das dificuldades que estão postas, a exemplo da crise internacional ou mesmo pela questão climática”, disse.
De acordo com o IBGE, havia 283,4 mil trabalhadores paraibanos assalariados na ativa. Em 2010, 4,054 mil saíram do mercado e 14,103 mil entraram. Portanto, o saldo foi positivo em 10,049 mil funcionários.
NA REGIÃO NORDESTE
Com relação aos dados regionais, 187,299 mil empresas entraram em atividade (17,4% das novas empresas do país) e, naquele ano, o IBGE contabilizou a retirada de 131 mil unidades empresariais. Bahia (231.418), Ceará (138.785) e Pernambuco (121.110) são os estados nordestinos com o maior volume de negócios ativos. De pessoal ocupado assalariado, o Nordeste contabilizou 4,896 milhões profissionais.
NO BRASIL
A economia aquecida de 2010 favoreceu a abertura de novas empresas, reduziu a taxa de mortalidade anual e gerou um milhão de novos empregos em 2010, segundo o IBGE.
Ao todo, 999,1 mil empresas entraram no mercado (alta de 5,5% ante 2009) e 736,4 mil saíram (queda de 2,5% ante 2009) naquele ano, com um saldo de 4,5 milhões de empresas em atividade no país (+ 6,1% na comparação com 2009). "O ciclo econômico vivido em 2010 permitiu um ganho na criação de novas empresas e uma redução no número de fechamento, graças à demanda que batia à porta", disse Rubens Penha Cysne, economista da FGV .
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