PB fecha transição do Magazine

Último Estado do Nordeste a realizar a transição, o Grupo Magazine Luiza, que desde 2010 comanda a rede paraibana Maia, fecha hoje a transição das marcas com a reinauguração de suas 21 lojas na Paraíba. Além da reformulada identidade visual, os clientes ganharão mais opções de compras e produtos, o que deve alavancar o crescimento das vendas em 40% no Estado, segundo a diretoria executiva de operações da empresa. Em junho de 2010, o Grupo comprou a rede paraibana Maia, adquirindo 136 lojas no Nordeste.

Com a mudança, as 21 Lojas Maia da Paraíba, presentes nos municípios de João Pessoa, Cabedelo, Cajazeiras, Sousa, Patos e Pombal, passarão a fixar o nome Magazine Luiza, mudando toda sua infraestrutura, que passa a ter maior modernidade, com sistemas de refrigeração e nova identidade visual. A reforma contou com investimentos na ordem de R$ 20 milhões.

No estados vizinhos como de Pernambuco, Alagoas, Ceará e Bahia, a migração das marcas começou a ser concluída desde 2011, sendo a Paraíba o último Estado a finalizar a transição. De acordo com o diretor executivo de operações da empresa, Frederico Trajano, a maior espera pela mudança foi estratégica, pensando no poderio do mercado paraibano.

“A escolha se deu em função do respeito que tínhamos com a história das Lojas Maia, que foi uma empresa que adquirimos para adentrar no Nordeste. Como a base da empresa era na Paraíba e nossas pesquisas indicavam que aqui existia a maior força da marca com seus consumidores, optamos por fazer um processo de mudança mais cuidadoso”, explicou Frederico Trajano.

FATURAMENTO

Antes de vender a marca, as Lojas Maia faturavam em média R$ 500 milhões ao ano em todo Nordeste. Em 2011, já sob comando do Grupo Magazine Luiza, esse faturamento teve crescimento de aproximadamente 98%, subindo para R$ 992 milhões/ano. Já em 2012, o crescimento foi ainda mais representativo, ultrapassando a casa de R$ 1,1 bilhão. No país, o faturamento do ano passado foi de cerca de R$ 9,1 bilhão.

Dentro dos principais produtos que devem puxar o crescimento deste ano, estão aqueles voltados para área de tecnologia, a grande aposta da empresa. “Investimentos especialmente nos produtos de tecnologia, como informática e telefonia celular. A gente trouxe um mobiliário novo, as pessoas vão poder experimentar os produtos, ter mais acesso a eles. Ampliamos bastante o mix e variedade desse segmento”, disse Frederico Trajano.

NORDESTE É A PUPILA

No atual cenário econômico que vive o país, onde as vendas varejistas crescem em ritmo desacelerado, este tipo de mudança e investimento se torna essencial, sobretudo na região Nordeste, considerada a “pupila” dos empresários brasileiros e estrangeiros. “O Nordeste se tornou vital para economia do país. Já há algum tempo a região vem crescendo acima da média nacional. Aqui, as taxas de penetrações são inferiores que as do Sudeste, as pessoas ainda estão comprando seu primeiro refrigerador frost free, seu primeiro smartphone”, disse Frederico Trajano.

O diretor de operações da Magazine Luiza ressaltou que fixar-se no Nordeste foi essencial para alavancar o faturamento da empresa.

“Para nós é extremamente estratégica nossa posição aqui, a ponto de termos uma divisão específica na Região, separada da divisão Sul e Sudeste. Temos toda uma estrutura pensada no mercado daqui, pois acreditamos que boa parte de nosso crescimento futuro vem daqui”. Do total de mercado da Magazine Luiza, 23% está inserido na região Nordeste.

CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO SERÁ AMPLIADO

Além das mudanças físicas nas lojas, o Magazine Luiza vai ampliar seu Centro de Distribuição (CD), localizado no município de Alhandra, que vai passar de 20.000 m² para 25.000 m². Com a reforma, prevista para o final deste ano, os consumidores que fazem compras online poderão receber suas mercadorias com mais rapidez e menor custo.

De acordo com Frederico Trajano, a nova estrutura vai garantir ampliação dos serviços. “O Centro de Distribuição hoje atende praticamente todos os estados do Nordeste, é uma base estratégica de distribuição de produto. O que vai acontecer é que ele também atenderá as vendas pela internet, que vai garantir maior rapidez na entrega, podendo baratear os custos de frete, que pode chegar a ter custo zero para o consumidor”, disse.