ECONOMIA
PB produz 29,1 milhões de pares de calçados
Segunda edição da feira do setor calçadista 'Gira Calçados' foi lançada nesta sexta-feira (3) para estimular o aumento das vendas.
Publicado em 04/05/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 15:02
A Paraíba produziu 29,1 milhões de pares de calçados (+26,4%) em 2012 e elevou o faturamento em 28,5% sobre o ano anterior, saindo de R$ 84,5 milhões para R$ 108,6 milhões. Para estimular ainda mais o setor e alcançar números maiores em 2013, foi lançado ontem, na capital, o evento do setor calçadista 'Gira Calçados', que acontecerá entre os dias 4 e 6 de junho, em Campina Grande. Esta será a segunda edição da feira que reúne empresários e grandes nomes da cadeia produtiva do segmento e que deverá movimentar R$ 8 milhões em negócios neste ano.
Em 2013, a expectativa da organização é que dois mil visitantes passem pelo salão da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep) para prestigiar a Rodada de Negócios, o Salão de Inovação e o 1º Seminário Calçadista Brasileiro.
Representantes da rede de lojas Riachuelo, por exemplo, estarão na feira para conhecer o produto e as oportunidades de negócios da Paraíba.
De acordo com o coordenador do Gira Calçados e analista do Sebrae em Campina Grande, Rodrigo Dantas, o evento contará com a presença de 50 expositores nordestinos, oito indústrias de máquinas e equipamentos, oito de componentes e mais de 200 lojistas de todo país. “O evento é pensado para empresas consolidadas, para que possam entrar em contato com o mercado com a maior competência e com capacidade de cumprir os prazos, os acordos firmados. Queremos deixar a marca positiva para os lojistas que vierem ao evento”, comentou Dantas.
Este contato, na opinião da coordenadora da Rodada de Negócios, Christianne Fiúsa, acontecerá em uma oportunidade única para o empresariado.
“O empresário recebe este mercado de uma forma facilitada, quer dizer, o investimento que ele faz é muito inferior do que se ele fosse buscar este mercado na sua fonte”, acrescentou.
Além do ambiente propício para fomento da economia local, por meio dos negócios, a presidente da Companhia Paraibana de Desenvolvimento (Cinep), Tatiana Domiciano, lembrou que o evento em si, já impacta na região. “A gente garante visibilidade da Paraíba no âmbito nacional e internacional, atrai grandes indústrias, movimenta o turismo de evento – por meio da ocupação dos hotéis –, enfim, tudo é muito positivo”, afirmou.
O Gira Calçados é promovido pelo Sebrae, com apoio do Sindicato da Indústria de Calçados da Paraíba (Sindicalçados), Governo do Estado, Fiep/Senai, a Prefeitura de Campina Grande, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro e Calçados e Artefatos (Assintecal).
Exportações têm 3º maior faturamento
Entre os dez principais estados exportadores de calçados do país, a Paraíba obteve o terceiro maior crescimento de faturamento com exportações (12,5%) no primeiro trimestre de 2013, comparado ao mesmo período do ano passado. Os dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) colocam a produção paraibana como a terceira maior em volume de vendas (US$ 33,2 milhões) no ano, com 8,8 milhões de pares fabricados.
A Paraíba está atrás apenas de Rio Grande do Sul (US$ 104,5 milhões) e Ceará (US$ 79,5 milhões) que registraram queda nos valores exportados nestes três primeiros meses. Os calçados daqui são ancorados pela Alpargatas que tem mais de 45% das exportações da Paraíba. Para serem ainda mais competitivos, o analista do Sebrae, Rodrigo Dantas, não descarta a possibilidade do empresariado local investir no nicho mais sofisticado.
“É o valor agregado ao produto do Sul e Sudeste que elevam o faturamento do setor por lá. Aqui, o Nordeste tem uma massa de consumo muito grande e é possível que, em paralelo, a cadeia produtiva do Estado invista em calçados com maior valor”, afirmou.
Além disso, Dantas acredita no poder do investimento na eficiência de gestão e de produtividade. “Sem isto, não poderemos competir com mercados a exemplo da China, onde o custo é muito baixo e onde também se vem investindo em melhoria da qualidade do produto. Nossa competitividade virá da melhoria desta eficiência”, concluiu.
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