ECONOMIA
"Pirataria é nefasta", diz FCDL
Publicado em 20/10/2013 às 8:00
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas da Paraíba (FCDL-PB), Artur de Melo, afirmou que a pirataria traz uma série de prejuízos ao comércio, Estado e ao próprio consumidor. Para o comércio a concorrência desleal faz com que muitas lojas, como as locadoras de DVDs e de CDs, fechem as portas. Outra consequência é que o Estado perde arrecadação e com menos recursos, os governos investem menos em serviços como saúde e educação, afetando diretamente a própria população. “A ação da pirataria é nefasta para toda sociedade. Por causa desta ação, houve o fechamento em massa de locadoras de DVD e de CD. O Estado perde na arrecadação de tributos e o consumidor que paga mais barato pelo produto falsificado não sabe quanto aqueles dígitos a menos vão trazer repercussões negativas para ele mesmo. No final das contas isso sai muito caro para o consumidor”, ressaltou Artur Melo.
O presidente da FCDL-PB disse ainda que outro ponto que vale ser lembrado é que a pirataria, geralmente, está ligada a outros crimes, como por exemplo, o narcotráfico. Então quem consome estes produtos, segundo ele, contribui para o avanço destes transgressões.
Uma das marcas que já sofreram a ação da pirataria no comércio pessoense foi a francesa Lacoste. A proprietária da franquia, única loja na Paraíba, Renata Gouveia de Morais, afirmou que se sente incomodada com esta prática, mas felizmente não teve queda nas vendas por causa deste crime.
Diferentemente do que apontou a pesquisa do Instituto Data Popular, Renata Gouveia conta que as cópias das camisas Lacoste são grosseiras e fácil de identificar. “Nosso público é refinado, A e B, mas eles não deixam de comprar as peças originais para procurar as piratas. Ele conhece o que é bom e sabe que é impossível uma roupa da Lacoste ser vendida em porta de banco, por exemplo”, disse.
O algodão colorido possui Identidade Geográfica (IG) na Paraíba, mas também é bastante copiado. A diretora da Cooperativa de Produção Têxtil e Afins do Algodão do Estado da Paraíba (Coopnatural) e presidente do Sindicato da Indústria de Vestuário da Paraíba, Maísa Gadelha, afirmou que as pessoas que vendem produtos piratas usufruem da fama que o objeto original conquistou. “A empresa original faz todo um trabalho de marketing e vem o produto pirata e se aproveita disso para faturar. Essa prática prejudica o mercado”, afirmou.
IG - A indicação geográfica (IG) está ligada ao nome geográfico de país, cidade, região ou localidade que tenha ficado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço.
Um exemplo é o algodão colorido da Paraíba. Noutra perspectiva, a IG considera o local que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos, como por exemplo, a bebida (espumante) produzida na região de Champagne, no nordeste da França.
Comentários