Pirataria reduz receita dos clubes

Os diretores dos clubes de futebol não revelam seus faturamentos com a venda dos produtos com a marca dos times, mas são categóricos em afirmar que, se não fosse o comércio informal, as vendas dos artigos oficiais seriam até 40% maiores. Éder Dantas destaca que a pirataria pratica uma concorrência extremamente desleal. “É um prejuízo significativo”, frisa o diretor financeiro do Treze. “Somente a conscientização do torcedor pode reverter essa realidade”, salienta o presidente rubro-negro William Simões.

Com preços de 40% a 50% menores que os lojistas formais, os ambulantes lucram alto. Bandeiras que custam de R$ 15 a R$ 20 nas lojas, nas ruas são encontradas de R$ 6 a R$ 15. Camisas chegam a custar R$ 70 nos informais enquanto nas lojas custam R$ 150. “O lucro deles é de cerca de 80% por peça, uma vez que eles só têm o custo da produção, que se dá em fundo de quintal, sem pagamentos de todas as taxas que os formais pagam. Já os lojistas têm uma margem de lucro muito mais reduzida, por causa de todos os custos e impostos”, destaca o publicitário Júlio Oliveira.

Segundo Júlio, se com o preço é impossível concorrer com piratas, os produtos oficiais podem reduzir o espaço das imitações com novidades, ampliando o mercado dos produtos legítimos. “A fidelização dos clientes/torcedores passa pela oferta de exclusividade e os clubes paraibanos precisam estar mais atentos, lançando novos produtos com frequência, fazendo uso de promoções, que são atrativos para o torcedor privilegiar a marca oficial”, explica.