Plataformas móveis precisam de antivírus

O uso de aparelhos móveis cresce de maneira vertiginosa no Brasil, seja para operações simples, como troca de mensagens e acesso às redes sociais, ou serviços mais complexos, como transações bancárias. Para estar preparado para esse novo cenário, usuários devem ficar atentos as formas de proteção de seus dispositivos, investindo em programas que inviabilizem o acesso de possíveis invasores, evitando, assim, surpresas negativas.

A universitária Tâmara Miranda, 22 anos, diz que já teve a senha de sua rede social roubada, por isso não sente-se segura em acessar determinados conteúdos via celular. “Eu entro muito no Facebook e Twitter pelo telefone. Tive minha senha roubada uma vez e desde então fico com medo de acessar pelo telefone.

Vários amigos acessam banco, consultam saldo pelo celular, mas eu mesma não tenho coragem”, revelou.

Aqueles usuários que usam sistema iOS (iPhone) e que não fizeram o jailbreak (processo que desbloqueia o iPhone e iPod Touch de todos os limites que a Apple impõe no aparelho, permitindo a instalação de programas não oficiais) têm chances próximas à zero de adquirir vírus, uma vez que o sistema fechado da empresa não permite a invasão dos malwares (softwares que tentam infiltrar-se de forma ilícita em um sistema). Os usuários que fizeram o jailbreak, entretanto, devem ter atenção redobrada, visto que entre as centenas de aplicativos livres existentes, um pode ser mal-intencionado.

Os usuários do sistema Android, por sua vez, devem ficar atentos. Quando baixados na loja virtual da Google Play, os aplicativos são tão seguros quanto os da Apple. Entretanto, como é um sistema aberto, que permite o download de aplicativos não oficiais, o Android pode receber aplicativos não seguros, oriundos de desenvolvedores mal-intencionados. Por sua vez, os dispositivos que usam sistema Symbian (sim, o lendário sistema da Nokia continua vivo) são os mais sensíveis aos vírus, uma vez que as opções de aplicativos de segurança são bastante limitados, em contraposição ao número alto de vírus existentes.

Para quem está buscando antivírus, a primeira dica é investir nos clássicos. Diversos aplicativos já conhecidos nos desktops e notebooks também estão presentes nas plataformas móveis.

O Kaspersky, clássico dos desktops, também está disponível para tablet e mobile. Com valor de R$ 19,95, o aplicativo protege os aparelhos Android de vírus, ameaças da internet, sites de phishing (fraude eletrônica que tenta roubar senha) , spyware (rouba informações de acessos) e spam (mensagem eletrônica não solicitada enviada automaticamente). O app também inclui funcionalidades de privacidade avançadas e fáceis de utilizar.

Além disso, se o aparelho for perdido ou roubado, o usuário pode solicitar a localização do telefone desaparecido.

Outro aplicativo de destaque para os sistemas Android é o Avast!, gratuito na Play Store. Assim como os antivírus convencionais, esse app escaneia sob demanda os aplicativos instalados, o conteúdo do cartão de memória e cada novo aplicativo antes da sua primeira utilização, barrando, assim, a invasão de possíveis malwares.

Já AVG está disponível nas versões grátis e paga (R$ 19,90 para celulares e R$ 21,35 para tablets). A opção gratuita defende os aparelhos contra aplicativos nocivos, como vírus, malware e spyware; identifica configurações inseguras do dispositivo e avisa como corrigi-las; ajuda a garantir a segurança dos contatos, favoritos e mensagens de texto; examina arquivos de mídia em busca de ameaças contra segurança e softwares mal intencionados. A versão paga, por sua vez, é bem mais extensa, possui mais de 20 opções de tarefas, dentre delas localização do dispositivo móvel perdido ou roubado através do Google Maps e bloqueio do aparelho para proteger a privacidade. (Especial para o JP)