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ECONOMIA

Polo Pesqueiro está parado há três anos

Com investimentos de R$ 11 milhões, terminal continua fechado e deixa de faturar R$ 144 milhões.

Publicado em 15/09/2013 às 9:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:37


O Terminal Pesqueiro Público da Paraíba (TPP-PB), construído há três anos em Cabedelo, já deixou de faturar em torno de R$ 150 milhões nesse período. O cálculo foi feito pelo engenheiro de pesca da Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa), Celso Carlos Fernandes Duarte, considerando que o local poderia armazenar cerca de 4,8 mil toneladas de pescado por ano.

O terminal foi inaugurado em 2010 e recebeu investimentos de mais de R$ 11 milhões, numa parceria entre a União e o governo do Estado, mas, praticamente, não opera. Uma verba de R$ 2,5 milhões, prevista para chegar este ano, traz a esperança de que o equipamento, que já apresenta sinais de deterioração pela falta de uso e manutenção, finalmente comece a funcionar em sua totalidade no primeiro semestre de 2014.

O TPP, que tem potencial para inserir a Paraíba no quadro econômico da pesca oceânica no Nordeste, tem capacidade para armazenar até 800 toneladas de pescado. De acordo com Celso Duarte, esse montante seria renovado a cada dois meses – ou seja, ele teria seis abastecimentos anuais. Considerando o preço médio do peixe de R$ 10,00, significa que o Terminal Pesqueiro deixa de faturar R$ 48 milhões em 12 meses. Em três anos, esta cifra chegaria pelo menos a R$ 144 milhões.

SENSAÇÃO DE ABANDONO
Quem anda pelos 10 mil metros quadrados de área do Terminal de Cabedelo - desses, 3.500 metros são de área construída -, a impressão é que o local está abandonado. A movimentação de um polo de grande porte como este é quase ínfima. Somente alguns pescadores artesanais circulam pelo local, além do pessoal do setor administrativo. A grande movimentação vista no TPP-PB ainda são de pombos. As centenas de aves que adotaram o equipamento como moradia, espalham seus excrementos por toda parte.
O superintendente federal da pesca e aquicultura na Paraíba, Samuel Lemos, afirmou que desde 2010 o Terminal Pesqueiro foi construído e até agora o local recebeu investimentos de R$ 12 milhões.

“Por problema de gestão ele nunca atuou. Agora, muita coisa como as câmaras frias, estão deterioradas, além do teto e parte do setor comercial que estão danificados e precisam de reforma”, confessou Lemos.

MAIS INVESTIMENTOS
Inaugurado, sem funcionar e já deteriorado, o equipamento vai precisar de mais investimentos. Segundo Lemos, os recursos para a melhoria no local deverão ser da ordem de R$ 2,5 milhões e já foi solicitado ao Ministério da Pesca e Aquicultura. “O dinheiro já foi liberado e deve chegar em breve”, declarou.

A programação para o início das obras no polo pesqueiro de Cabedelo, segundo Lemos, é novembro deste ano e a conclusão dos serviços deverá ocorrer em janeiro de 2014. Depois de pronto, o impasse sobre quem vai gerir o equipamento também terá que ser resolvido. Segundo Samuel Lemos, tanto o governo do Estado como a Superintendência da Pesca e a iniciativa privada podem ser responsáveis pelo Terminal Pesqueiro de Cabedelo.

Lemos contou ainda que empresários do setor de Angola, Coreia e também do país já demonstraram interesse em administrar o polo pesqueiro, mas tudo ainda está em fase de discussão. Um dos interessados em gerir o local é o empresário Jorge Seif, dono de um terminal de pesca em Santa Catarina. Ele chegou a visitar Cabedelo no mês passado, mas Lemos frisou que qualquer participação do setor privado ocorrerá via licitação.

SUBUTILIZADO
Quando estiver totalmente reformado, o TPP-PB irá atuar não apenas com a pesca industrial (oceânica), atraindo grandes embarcações de diversas partes do mundo, mas também apoiar a pesca artesanal. Lemos contou que por estar sendo subutilizado, o TPP-PB deixa de gerar 500 empregos diretos no Estado. Ele lembrou dos áureos tempos em que a Paraíba chegou a exportar 5 mil toneladas de atuns e afins. “Isso ocorreu no ano 2000. Mas agora, o atum da nossa costa morre de velho porque não tem gente para pescar”, lamentou.

Segundo Celso Duarte, com a atuação do equipamento pesqueiro, seria possível a criação de barreiras comerciais, com critérios sanitários rígidos do pescado que vem de fora. “O terminal faria o rastreamento da produção que vem de fora e todos sairiam ganhando”.

EQUIPAMENTO
O Terminal Pesqueiro possui uma área de 3,6 mil metros quadrados construída e conta com instalações como ancoradouros, cais de acostagem, galpão industrial e câmaras frigoríficas. Além disso, há na sua estrutura instalações próprias para o setor administrativo e de apoio, e ainda uma subestação de energia. Entre as principais atividades do equipamento seriam a recepção, pesagem e armazenamento do pescado e de iscas.

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Jornal da Paraíba

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