ECONOMIA
Polo têxtil sofre com falta de qualificação
Associação das empresas de Piancó, a Vale Têxtil, reclama da falta de qualificação da mão de obra, e tem tomado medidas para amenizar o problema.
Publicado em 04/12/2011 às 8:00
A falta de mão de obra especializada vem freando o desenvolvimento do maior polo têxtil da Paraíba e prejudicando o crescimento das indústrias do Vale do Piancó. Com uma produção de mais de cinco milhões de peças por mês, a associação das empresas da região, a Vale Têxtil, reclama da falta de qualificação da mão de obra, e tem tomado medidas para amenizar o problema.
Nove empresas fazem parte do Arranjo Produtivo Local (APL) do Vale do Piancó, sendo oito têxteis e uma de etiquetas. Todos os meses, o conjunto consome cerca de 400 toneladas de fio produzido à base de resíduos de algodão para produzir panos de prato, de chão, apetes e outras peças de tecido.
De acordo com a presidente da Vale Têxtil e diretora da Itatex, empresa que produz cerca de 1,8 milhão de peças por mês, Daniele Fernandes Dantas, o principal problema enfrentado pela empresas da região é a falta de qualificação da mão de obra na região. “As pessoas não têm instrução para trabalhar e isso dificulta a contratação, pois faltam cursos e pessoas dispostas a estudar. Boa parte de nossa mão de obra tem aprendido durante o trabalho, ou seja, estamos pagando para as pessoas aprenderem. Na costura já é complicado, mas na parte de mecânica e manutenção é pior”, lamenta.
Segundo Daniele, algumas ações têm amenizado a situação e as empresas associadas têm conversado com o Estado e entidades de ensino para a realização de cursos. “Até para os cursos nós enfrentamos o mesmo problema. O Senai está buscando alguém para capacitar mecânicos de teares há dois meses e não encontra ninguém qualificado”.
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