ECONOMIA
Possibilidades de investimentos para além da velha poupança
Consultores e especialistas financeiros apontam aplicações atreladas à inflação e à taxa Selic como opção de investimento
Publicado em 04/01/2015 às 8:00 | Atualizado em 01/03/2024 às 12:46
Tesouro Direto, Certificados de Depósito Bancário (CDB), fundos cambiais, ações, ouro, dólar. Há um mundo de possibilidades de investimentos além da velha conhecida caderneta de poupança. Com uma boa orientação é possível encontrar a opção certa para fazer o seu dinheiro render mais. “Não existe melhor investimento. Existe o que mais se adequa ao objetivo”, explicou o especialista em finanças pessoais Guilherme Baía. Para ele, o mais importante é encontrar o equilíbrio entre os fatores rentabilidade, liquidez e risco.
Em 2014, um ano de incertezas em relação ao rumo da economia brasileira, ouro e dólar foram os campeões de rentabilidade e a rentabilidade da poupança (7,08%) apenas ganhou da inflação oficial (6,4%) e do Ibovespa, que teve queda de 2,91%. Quando a poupança é confrontada com outras aplicações, tem menor rentabilidade.
Para 2015, as previsões ainda são de juros altos, aumento de impostos, dólar em ascensão e inflação crescente, segundo Guilherme Baía. Nesse cenário, investimentos baseados em inflação, como Tesouro Direto, deverão apresentar excelente rentabilidade, conforme explicou o especialista.
O consultor financeiro Rodrigo Guedes, da Sir Investimentos, concorda que investimentos atrelados à inflação podem render bons frutos este ano. “O país também passa por uma fase de inflação perto do teto da meta, e sem perspectiva de melhora em curto prazo”.
Rodrigo recomenda também os investimentos de renda fixa, que oferecem boa rentabilidade com baixíssima exposição ao risco. “Uma sugestão são as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito de Agronegócio (LCA) que se aproveitam muito bem da alta de juros e ainda possuem a vantagem da isenção do Imposto de Renda, lembrando que se tem de buscar sempre uma taxa de CDI acima de 90% para rentabilizar melhor seu investimento”, explicou.
De acordo com Guilherme Baía, o ouro e o dólar continuam sendo bons investimentos, mas são mais arriscados, e as vantagens dependem do objetivo e do prazo pretendido. “É um bom momento para comprar dólar, que deve se manter em alta pelos próximos três meses, mas se a ideia é um investimento a longo prazo já não dá para prever. Nesse caso, renda fixa seria mais seguro”.
Investimentos de renda variável também oferecem boas oportunidades, porém trazem mais risco, conforme explicou Guilherme. “Procurar uma assessoria especializada é fundamental”. Para ele, vale a pena investir em cursos e consultoria, mesmo que isso signifique adiar um pouco o início do investimento. “Quanto mais informada a pessoa estiver, maiores as chances de fazer um bom investimento e não cair em conversa de vendedor”, garantiu.
Guilherme Baía explicou ainda que procurar o gerente do banco para pedir orientação não é o mais indicado. “Eles (os gerentes) são vendedores, e o produto que eles querem vender nem sempre é o melhor para você. Às vezes o gerente até tem um produto bom para você, mas ele precisa bater uma meta de outro produto, e acaba lhe vendendo o que não é mais indicado”, esclareceu.
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