ECONOMIA
Preço da cesta básica na capital apresenta queda em outubro
João Pessoa continua possuindo a segunda cesta básica mais barata entre as 17 capitais onde o DIEESE realiza a pesquisa mensal.
Publicado em 03/11/2011 às 20:16
Em pesquisa divulgada nesta quinta-feira (3) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) em outubro de 2011, a cesta básica pessoense apresentou uma queda de 0,79% em relação ao mês de setembro. Os produtos que mais influenciaram esta redução foram tomate e o açúcar.
Comparando a pesquisa entre as capitais, observa-se que ao contrário do que ocorreu em setembro, quando nove cidades registraram queda no preço dos alimentos, em outubro, 10 localidades apresentaram alta no custo dos produtos básicos. Porto Alegre (1,93%), Curitiba (1,61%) e Vitória (0,95%) apresentaram os maiores aumentos. As retrações ocorreram em todas as capitais da região nordeste, sendo as mais significativas apuradas em Natal (-2,63) e Fortaleza (-2,22%). Fora da região Nordeste, a única capital com queda no valor da cesta básica foi São Paulo (-0,08).
Em setembro, dos 12 produtos registrados pela pesquisa em João Pessoa, cinco apresentaram queda: tomate (-11,45%), açúcar (-4,83%), feijão (-0,59%), carne (-0,4%) e óleo de soja (-0,32%). Dos 6 produtos que apresentaram alta, destaca-se o café, que cresceu seu preço em 5,02% e a manteiga (4,75%). Os outros produtos que apresentaram aumento nos preços foram: arroz (2,57%), leite (2,33%), banana (2,17%) e farinha (1%). O pão apresentou variação nula.
João Pessoa continua possuindo a segunda cesta básica mais barata entre as 17 capitais onde o DIEESE realiza a pesquisa mensal. Com um valor de R$ 195,14, a cesta pessoense está atrás apenas do custo registrado em Aracaju (R$ 182,68).
Comprometimento do Salário Mínimo com a Cesta Básica em João Pessoa é de 38,92%
Para comprar os alimentos essenciais, um trabalhador que ganha salário mínimo precisou cumprir, em outubro uma jornada de 78 horas em 46 minutos. Em setembro este valor era de 79 horas e 24 minutos.
Quando a comparação é feita com o salário mínimo líquido (após o desconto da parcela correspondente à Previdência), o resultado é semelhante. Em outubro, o custo médio da cesta representou 38,92% do mínimo líquido, já o de setembro ficou em 39,23%.
Salário Mínimo Necessário: R$ 2.329,94
Com base no maior valor apurado para a cesta e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o salário mínimo necessário.
Para outubro, seu valor foi calculado em R$ 2.329,94 – que corresponde a 4,27 vezes o mínimo em vigor, de R$ 545,00. Para setembro, o piso mínimo era estimado em R$ 2.285,83, ou 4,19 vezes o menor valor pago no país, enquanto em outubro de 2010 o mínimo necessário era calculado em R$ 2.132,09, o que corresponde a 4,18 vezes o piso de então, de R$ 510,00.
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