ECONOMIA
Procon autua 14 bancos em JP
Agências bancárias foram autuadas por não cumprir a lei das filas, que estipula tempo máximo de atendimento aos clientes.
Publicado em 01/08/2012 às 6:00
O Procon de João Pessoa deflagrou, ontem, a operação 'No Tempo Certo' e autuou 14 agências bancárias que descumpriam a lei municipal nº. 8.744/98, conhecida como lei das filas. A determinação estabelece que o atendimento nos caixas dos bancos deve ser feito em, no máximo, 20 minutos em dias normais, 30 minutos em dias de pagamento e em até 35 minutos na véspera ou após feriados.
A ação foi feita com base na portaria nº. 006/2012, assinada na última segunda-feira pelo coordenador do Procon-JP, Marcos Araújo, definindo parâmetros de operações especiais para combater de forma mais enérgica os problemas mais denunciados pelos consumidores da Capital. Pela portaria, as ações são realizadas com o reforço das equipes envolvidas, sendo convocados profissionais de vários setores do órgão, além da fiscalização.
O coordenador do Procon-JP afirmou que essa é uma nova forma de operar. A ideia, segundo ele, é utilizar o máximo possível do fator surpresa, com rapidez para abordar em flagrante vários estabelecimentos ao mesmo tempo. “Essa primeira ação foi bastante positiva. Vamos repeti-la a cada mês, em outros setores, para criar um estado de alerta e melhorar o fornecimento de produtos e serviços aos consumidores”, destacou.
CONSTATAÇÕES
Os fiscais do órgão de defesa do consumidor encontraram várias situações de desrespeito ao que determina a lei das filas. Foi verificado que consumidores esperavam até uma hora e meia para serem atendidos. Além disto, os fiscais também verificaram se as agências estão cumprindo a regra de fornecer bilhete de senha de atendimento, constando o dia e hora de chegada do cliente. Os consumidores podem, inclusive, exigir que o caixa rubrique o bilhete com o horário em que foi atendido.
As instituições financeiras flagradas em situação irregular foram autuadas.
Conforme Araújo, esse é um problema crítico, que não se resolve de uma hora para a outra. Por isso, o Procon pede aos consumidores para levar as queixas juntamente com o bilhete rubricado pelo caixa, marcando a hora do atendimento. “Assim, poderemos punir as agências que teimam em desrespeitar a lei.
Intensificamos isso na operação, mas nossa fiscalização vai continuar apurando outras denúncias”, disse.
PORTARIA
Segundo a portaria que cria as ações com denominação geral de “Operação Procon-JP”, podem ser convocados em caráter de urgência funcionários da consultoria jurídica, serviço de atendimento ao consumidor e do gabinete da coordenação do órgão, entre outros. A portaria define que o Procon “fiscalizará fornecedores em geral em ações itinerantes, a fim de que diminua o quantitativo das demandas mais problemáticas, bem como para que estas ações também possam ter um caráter pedagógico”.
O documento também prevê a realização de, em média, duas ações por mês, seguindo esses parâmetros. Visando a eficácia da ação, a coordenação do órgão poderá guardar, em sigilo, os alvos da ação a ser deflagrada.
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