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ECONOMIA

Produção de cimento cai na Paraíba

Entre os meses de janeiro e julho deste ano, a produção de cimento no Estado sofreu uma redução de 1,82%, passando de 1,224 milhão de toneladas para 1,202 milhão de toneladas.

Publicado em 04/11/2011 às 6:30

Na contramão do crescimento registrado pela construção civil neste ano, a produção de cimento, um dos principais insumos para o setor, está em queda na Paraíba. Entre os meses de janeiro e julho deste ano, a produção de cimento no Estado sofreu uma redução de 1,82%, passando de 1,224 milhão de toneladas para 1,202 milhão de toneladas. Somente no mês de julho, último do levantamento divulgado pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), a queda na produção foi mais forte e chegou a 15,19% em relação ao mesmo período de 2010.

De acordo com os números do Snic, em julho deste ano, a produção de cimento nas duas fábricas do Estado (Cimpor e Lafarge) foi de 145,315 mil toneladas, enquanto que em julho do ano passado a produção havia sido de 171.348 mil toneladas.

Além da queda em relação a 2010, este total revela uma redução de 19,73% na produção em comparação com o mês de junho.
Conforme as assessorias de imprensa da Lafarge e da Cimpor, as duas fábricas de cimento da Paraíba, a queda na produção no mês de julho está relacionada a problemas pontuais. Na Lafarge, a queda na produção está relacionada a um problema mecânico ocorrido em julho que fez com que a produção fosse paralisada por aproximadamente um mês. Já na Cimpor, durante 15 dias houve uma desaceleração na produção para a realização de uma manutenção, mas segundo a assessoria, o total da produção no mês não chegou a ser afetado.

Entretanto, mesmo antes que esses problemas acontecessem no mês de julho, o ritmo do crescimento de produção de cimento na Paraíba já estava distante do incremento verificado no setor da construção civil. Enquanto que entre janeiro e junho o crescimento registrado na indústria cimenteira foi de apenas 0,36%, no setor da construção civil, o acumulado de vendas de imóveis teve um incremento de 24% em relação ao mesmo período do ano anterior. O número de imóveis lançados até agosto deste ano já ultrapassa seis mil, superior ao total do ano passado (5,5 mil).

Enquanto no acumulado entre janeiro e julho a produção na Paraíba sofreu uma redução de 1,84%, no país, a indústria de cimento vive um momento de crescimento, acumulando uma alta de 9,24%. Já no Nordeste, que sofreu interferência da produção paraibana (2ª maior produção da Região), o crescimento de janeiro a julho foi de apenas 0,36%. Apesar desta diferença no ritmo de crescimento, empresários do setor confirmam que o abastecimento de cimento já acontece em ritmo normal. “Em julho, realmente o abastecimento ficou comprometido por causa de problemas mecânicos nas fábricas, mas agora já foi normalizado. Esta semana mesmo, fiz um pedido na terça-feira, na quarta-feira sem problemas de entrega”, diz Waldemir Andrade.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), Irenaldo Quintans, comentou que atualmente as duas fábricas são capazes de suprir a demanda do mercado paraibano, mas com a construção de novas indústrias o setor de construção poderá ter mais tranquilidade.

“Felizmente temos a prospecção de inaugurar outras fábricas na região de João Pessoa. Isto é muito importante para manter o abastecimento”, opinou.

Quatro novas indústrias de cimento deverão se instalar no Litoral Sul da Paraíba. Duas indústrias do Grupo Brennand vão ser implantadas em Pitimbu, com investimentos de R$ 400 milhões, enquanto o município do Conde receberá uma nova fábrica da Cimpor, já a partir de 2012, e outra do grupo de cerâmica paraibano Elizabeth.

Dados do Snic mostram ainda que mesmo com a queda em julho, a Paraíba manteve a segunda colocação no Nordeste em produção de cimento. O Estado de Sergipe manteve a liderança com 1,757 milhão de toneladas de cimento, seguido pela Paraíba (1,202 mi).

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Jornal da Paraíba

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