ECONOMIA
Programa aquece venda de eletros
'Minha Casa Melhor' possibilita aos beneficiários do 'Minha Casa, Minha Vida' mobiliarem o imóvel por meio de financiamento de R$ 5 mil.
Publicado em 16/07/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:30
Após um mês de lançado, o programa 'Minha Casa Melhor' do governo federal já é visto com otimismo por lojistas para reaquecer o segmento de eletros e de móveis de João Pessoa. A expectativa é elevar em 30% as vendas mensais.
A linha de crédito possibilita aos beneficiários do 'Minha Casa, Minha Vida' mobiliarem o imóvel por meio de financiamento de R$ 5 mil. Na Paraíba, existem cerca de 200 lojas credenciadas que já efetuaram 3,8 mil vendas até ontem, segundo a Caixa Econômica Federal, representando R$ 18,931 milhões negociados.
Contudo, uma das críticas dos beneficiários ao programa é com relação ao tempo na entrega do cartão e o teto do valor do crédito disponível de alguns móveis listados no programa.
O gerente da loja do Magazine Luíza do Parque Solon de Lucena, João Batista, afirmou que no local, credenciado no último dia cinco, 45 clientes já realizaram compras dentro do 'Minha Casa Melhor', uma média de cinco beneficiários por dia. “Mas a quantidade de pessoas que vêm para pesquisar e se informar é bem maior. Para nós, este programa foi ótimo e deve alavancar nossas vendas em cerca de 30% ao mês”, afirmou.
O gerente do Armazém Paraíba, David Oliveira, elogiou a linha de crédito e disse que cerca de cinco pessoas por dia efetuaram compras na loja, situada no Parque Solon de Lucena. “Nós aceitamos vender através do código de autorização do cliente.
Este programa é muito bom e no mês de junho fomos há bairros pessoenses como Colinas do Sul, Paratibe e Jardim Veneza divulgar que estávamos credenciados. O 'Minha Casa Melhor' tem aumentado nossas vendas em média 30% ao mês”.
Apesar de elogiarem a linha de crédito, alguns beneficiários do programa reclamam que estão enfrentando a demora na entrega do cartão. Este é o caso da analista de mídia social e estudante de mídias digitais Lays Silva. “Se não fosse este financiamento não tinha comprado nada. Fiz o meu contrato por telefone no dia 29 de junho, mas o meu cartão ainda não chegou. Disseram que o prazo para eu receber era de 10 dias úteis, mas este prazo já passou. O problema é que algumas lojas só aceitam fazer a comercialização com este cartão”, disse.
Uma das lojas que não aceita efetivar a compra com o número do contrato do beneficiário do 'Minha Casa, Minha Vida' é o Magazine Luiza. A Caixa informou, via assessoria de imprensa, que não foi informada de atraso no envio dos cartões nem que houve retardo na confecção destes documentos.
PREÇO DO TETO DE ITENS É CRITICADO
Um dos principais problemas que os beneficiários do 'Minha Casa, Minha Vida' estão encontrando na hora de mobiliar seu imóvel por meio do 'Minha Casa Melhor' é encontrar o tão sonhado móvel dentro do teto estabelecido pelo governo federal.
As principais queixas são nos preços do sofá (R$ 375,00), guarda-roupa (R$ 380,00) e mesa (R$ 300,00). “Esses preços máximos do programa estão abaixo do mercado. O guarda-roupa que eu quero levar custa mais de R$ 1.000,00. Se não for para comprar um item que eu considero bom e que eu gostei, prefiro não adquirir dentro dos R$ 5 mil que financiei”, desabafou o técnico em radiologia Alexandre Cardoso, que estava pesquisando preços no Magazine Luíza. Ele disse que há cerca de um mês fez o contrato com o programa e ainda não recebeu o cartão.
A estudante de mídias digitais Lays Silva também declarou que não encontrou mesa nem sofá nas lojas de João Pessoa em que pesquisou pelo preço máximo de venda estabelecido pelo programa. “Fui em mais ou menos oito lojas e não achei a mesa por R$ 300,00 nem o sofá por R$ 375,00. Agora vou aguardar meu cartão chegar para saber se nos outros estabelecimentos encontro estes móveis por estes preços”, contou. O gerente do Armazém Paraíba, David Oliveira, disse que não dispõe na loja sofá pelo valor do teto do 'Minha Casa Melhor'. “Muitas vezes damos descontos maior do que as vendas à vista para que o cliente possa comprar o produto”, frisou.
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